terça-feira, 28 de junho de 2011

Lembramos Maria Arbona no vídeo de Humberto Rocha


(carregue no link para ver o vídeo)

Abriu a época de Verão para os voluntários ALVD



Esta tarde, 28 de Junho de 2011, partiram para Moçambique - Lichinga, as  voluntárias Margarida Seixas (Lisboa) e Ana Rita (Arouca) que vão cumprir um mês de voluntariado.

No dia 30 de Junho, partem da Madeira para Alto Molocue - Moçambique as voluntárias ALVD Marisa e Beto.
A 28 de Julho partirá um contingente de mais de 10 pessoas lideradas pelo P. José Manuel, também Lichinga.

A 26 de Agosto partem mais três pessoas de Penalva do Castelo para Cobuè (Niassa).
Ainda nos fins de Agosto partirão para um ano a Rita Ramalheira e a Patrícia Sales
Outros estão em preparação
...Tu? Despacha-te que o avião está quase cheio de voluntários

P. Adérito Gomes Barbosa

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Arbona partiu para Deus

A Maria de Águasvivas Arbona Palmeiro, filha de Joaquim Augusto Saraiva Palmeiro e de Maria de las Aguas Vivas Arbona Puig Palmeiro, de nacionalidade portuguesa, nascida a 28 de Dezembro de 1947, estava como voluntária (totalmente gratuita) na Missão Católica do Alto Molócuè (Zambézia) Moçambique, confiada aos padres dehonianos. Cumpria o seu primeiro ano de voluntária.

No domingo, dia 12 de Junho, o grupo dos padres com os voluntários foram a Mulevala à ordenação de um sacerdote diocesano do Gurúè.

No regresso, e já de noite, a15 kms da missão do Molócuè, encontraram um camião acidentado no meio da estrada. Pararam. A Maria Arbona com mais duas senhoras foram ver o que se passava. De repente, aparece um carro a alta velocidade e apanha as três senhoras. A mais jovem não teve nada. Uma religiosa irmã também foi internada, mas teve alta pouco depois.

A Maria Arbona ficou muito mal. Ontem, 15 de Junho, estava para ser operada. No entanto, teve duas paragens cardíacas, sendo necessária a reanimação. Não foi operada.

Hoje, dia 16 de Junho pelas 17 horas de Lisboa, fomos informados do seu falecimento no hospital de Nampula.

Recordemos o seu sorriso que me presenteou quando em Maio estive com ela e o António Ribeiro na missão do Alto Molócuè.

Rezemos a Deus por ela e por todos os dehonianos e leigos de Moçambique que estão a sofrer por esta inesperada partida da Maria.



Porto, 16 de Junho de 2011

P. Adérito Gomes Barbosa




Esta fotografia foi tirada da visita do P. Adérito aos voluntários no Molócuè em Maio de 2011.

Quem olha para a fotografia, aparece antes de mais, à esquerda, o P. Onório (italiano), a consagrada moçambicana da Companhia Missionária Gabriela, o P. Adérito de chapéu azul, a seguir a Maria Arbona e na direita o voluntário António Ribeiro.

Recordar Maria Arbona: VOLUNTARIADO - Uma questão de Solidariedade e Amor

Vamos Lembrar a Maria Arbona com este fantástico testemunho.

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Nos tempos que correm, tão turbulentos, em busca de satisfações e felicidade, esquecemos por vezes, solidarizarmo-nos com os mais carenciados, que esperam de nós, um gesto ou atitude de Amor.
Foi com este sentimento solidário, que me entreguei ao serviço de voluntariado, deixando para trás, uma vida mais ou menos acomodada (pensava eu, que assim era). Sentia que algo faltava na minha vida. Era SOLIDARIEDADE e AMOR para com os outros.

Sou uma voluntária novata, que chegou à Missão Dehoniana em Alto Molócuè / Zambézia (Moçambique) a 27 de Junho de 2010.

Aqui, encontrei o espaço que me faltava. Recebida pela Congregação dos Dehonianos, carinhosamente, instalei-me, mas com certa apreensão. Não sabia o que iria encontrar. Entreguei-me ao meu Poder Superior e, hoje, passados 4 meses, posso dizer com toda a convicção, de que este tempo tem-me proporcionado momentos muito importantes e felizes da minha vida.

Tenho sensações e vivências diferentes, em cada dia, mas todas elas importantes para o meu crescimento humano e espiritual. Encontro-me num ambiente de gente boa, disponível para me ajudar e dar ânimo. Anima-me a convivência e o trabalho que faço, rodeada sempre de alegria e festa dos jovens, com os quais mantemos uma relação quase de mãe para filho. Por isso tratam-me por Mãe.


Quando, de manhã me dirijo para a Biblioteca, (aqui, levantámo-nos às 6h00 da manhã) e após o “mata-bicho” (pequeno almoço), ouço as vozitas das crianças saudarem-me, por detrás do gradeamento da Missão, com um simples, mas eternecedor “Bom dia, mucunha Maria”. Só este simples gesto, mas cheio de carinho, basta para me encher o dia. É gratificante, começar assim o dia.

Nos fins de semana, por vezes acompanho os Sacerdotes, na sua Evangelização às 300 Comunidades estão sob sua responsabilidade. É uma alegria viva, quando recebem a visita do Padre. Pena é, que os recursos sejam poucos, para tantas comunidades e necessidades. Mas mesmo assim, vale a pena, e trabalhar com as Missões, ainda mais.

Criou-se um espaço de carpintaria (muito rudimentar, ainda), onde os jovens possam dar “asas” à sua imaginação e fazerem pequenos trabalhos em madeira (trazida do Gurué, sempre que vai um carro daqui para lá ou de lá para cá, muito custo, mas com boa vontade tudo se consegue). É um espaço com jovens onde cada um expõe os seus pontos de vista e trocamos ideias e sugestões. É como se fosse uma tertúlia, onde se ocupam as mãos em pequenos trabalhos. É um incentivo para todos nós podermos conviver um pouco mais e conhecermo-nos melhor. Há dias que até aos Sábados e Domingos apresentam-se no seu espaço. Digo seu espaço, porque foi assim concebido, para uso deles, sempre que desejarem.

Não somos “expert” neste oficio, mas entre todos, temos feito algumas coisitas. Disfruto bastante, com a alegria deles.

Faço visitas a Familias do Bairro da Pista Velha. São momentos muito especiais para mim – entrar nas suas casas, sentar-me como elas, da mesma forma.
É este um testemunho de mulher com 63 anos, leiga dehoniana (ALVD) que celebra o seu aniversário no dia depois de Natal.



Maria Arbona