quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Voluntária italiana em Portugal

A voluntária italiana Maria Grazia (PMO), a trabalhar com os dehonianos em Moçambique passou por Portugal.


Esta italiana de Trento há dez anos em Moçambique encontra-se a gerir uma biblioteca em Quelimane. Nesse sentido, passou por Portugal para adquirir mais alguns livros para essa biblioteca com mais de 100 jovens a frequentar o Ponto de Encontro todos os dias.

Assim, a ALVD em Portugal acolheu-a e acompanhou-a nessa tarefa que trazia de Quelimane.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ALVD Madeira: Sempre em Movimento

Um grupo de 15 pessoas ligadas à ALVD reuniu-se no dia 13 de Novembro de 2010 no Colégio Missionário (Funchal) durante todo o dia. Já no dia anterior, o presidente da ALVD tinha feito entrevistas a alguns candidatos a voluntários para terras de África.

O encontro de sábado começou com uma saudação inicial do Superior do Colégio Missionário (P. Leandro), o qual mostrou uma abertura inédita e de louvar, ao acompanhar os trabalhos de grupo, praticamente, durante todo o dia. Não era de esperar outra coisa de um homem que tem uma forte experiência missionária.



Seguiu-se uma reflexão do P. Adérito, onde procurou fazer ver que os voluntários participam nestas missões, não como ajudantes dos missionários, mas como participantes do carisma dos institutos. E como esta relação leigos-consagrados tem uma grande consistência eclesiológica, vincada pelo Concílio Ecuménico Vaticano II, tentou consciencializar os leigos voluntários que são enviados pela Igreja e são testemunho, neste caso, do carisma do P. Dehon. Insistia o P. Adérito que o leigo voluntário dehoniano não se pode alhear da espiritualidade dehoniana.
Apresentou ainda alguns dados estatísticos da intervenção da ALVD em África de 2000 a 2010.

Foram ainda apresentados alguns vídeos das experiências ALVD realizados em África neste ano de 2010: ANGOLA, GUINÉ, MOÇAMBIQUE (LICHINGA e MOLÓCUÈ).

Sugeriram-se algumas estratégias para o futuro: Congressos Regionais ALVD 2012 com a presença do Provincial de Moçambique e de Portugal: Lisboa, Madeira, Porto.

Há ainda a possibilidade de preparação de grupos para intervenção em África em 2011: Luau e Viana (Angola), Molócuè, Lichinga (Moçambique).

Abordou-se ainda a questão da angariação de fundos; o envio de livros; elaboração de materiais para venda: cruzes dehonianas, agenda para 2012, entre outros.

Informou-se ainda as pessoas de sites e blogues que podem consultar:

www.alvd2010-2020.blogspot.com; www.familiadehonianaemportugal.pt.vu

www.dehonianos.org; www.aderitus.pt.vu; www.diocesedelichinga.blogspot.com

Depois do almoço, o presidente da ALVD passou a tarde a receber voluntários que querem fazer a experiência em África.

A Sónia Camacho e o Pedro Lenine Jesus apresentaram um vídeo da sua experiência de voluntariado durante um ano no Centro Polivalente Leão Dehon, no Gurúè.

Agradecidos ao Colégio Missionário por esta excelente hospitalidade, cada um começou a rumar para as suas casas, tendo sido necessário o P. Leandro encontrar uns cabos para que a bateria do carro da Guida ressuscitasse e assim pode partir tranquila para a Calheta.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O testemunho de três jovens na imprensa arouquense




AVELINO VIEIRA

Moçambique, ou deverei dizer Província do Niassa?! Pois, quem ouve falar em Moçambique é capaz de pensar na capital (Maputo) e não se lembrar do restante país.
A verdade é que no Niassa vemos um mundo completamente diferente, muita pobreza e condições quase nulas.
Mas ao ver que o povo de lá vive tão tranquilo – não tendo praticamente nada é tão feliz e alegre – cheguei à conclusão que vivo numa comunidade com um povo ingrato, que por mais que tenha nunca fica satisfeito. Nós somos assim, podemos não ter noção mas se reflectirmos acabamos por assumir.
O que mais gostei foram as crianças que corriam todas atrás de mim acreditando que eu era Jesus e tocavam-me no cabelo, na barba e na pele muito admirados, uma situação comovente no momento...
O que me tocou mais profundamente foi ver tantas crianças. Fui a um centro de nutrição, onde vi crianças órfãs e desnutridas. Um centro que espera há 3 anos por ajuda do Governo moçambicano.
Outra situação também chocante é a quantidade de albinos que vi, muitos deles fugidos da Tanzânia, onde são discriminados e mortos para supostamente os seus órgãos serem convertidos em medicamentos para a cura de várias doenças nesse país. Existem assassinos que os perseguem para retirar partes dos seus corpos e que depois utilizam em magia negra, alguns até acreditam que trazem sorte e riqueza. No entanto, esse não é o único perigo que eles correm, são muito vulneráveis à luz solar devido à falta de pigmentação na pele, cabelo e olhos, mas andam como pessoas normais, acabando por apanhar cancro da pele.
Apesar de ver coisas que nunca pensei serem possíveis, adorei a experiência.
Fui muito bem recebido e acolhido, o que não imaginava antes de lá chegar.

Dos 27 dias que lá estive, fiquei com a sensação que fiz muito pouco mas acho que ao conhecer um mundo tão diferente e pessoas tão diferentes... cresci!

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::



CARLA MONTEIRO

Quando cheguei a Lichinga não consegui falar e quando o fiz disse para a Rita: Amanhã vou embora, não vou aguentar aqui…
O tempo foi passando. Os projectos que tínhamos preparado cá foram postos em prática. E ensinámos, aprendemos, partilhámos!
A segunda semana foi em Mossangulo, sem água, sem luz e com o anoitecer às 17h. Foi, sem dúvida, muito marcante porque, apesar de não termos as condições a que estávamos habituadas, conseguimos dar a volta à situação e demos muita alegria àquelas crianças e a um adulto em especial.
De uma forma geral, todas as crianças que vi tinham um sorriso encantador, expressivo, alegre.
Contentavam-se com carrinhos construídos por eles, com coisas que apanhavam nas lixeiras.
Passámos um dia num orfanato. À noite, no fi m de jantar, estávamos a fazer a avaliação do dia como era hábito) e não consegui falar. As lágrimas caiam sem parar.
Só via os rostos daquelas crianças sem nada, mas tão meigas e carinhosas que a minha vontade era arregaçar as mangas e dar-lhes tudo o que tinham direito na sua condição de crianças!

Venho de lá com uma certeza: se todas as pessoas tivessem a coragem de fazer o pouco e o possível, este mundo não seria tão injusto.
E eu tenho a certeza que o fiz!

Por último, quero agradecer a todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, me ajudaram a levar esta missão até ao fim.

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

RITA SOUSA

O primeiro dia foi uma mistura de sensações: cansaço, choque e saudade. Mas rapidamente se dissipou e se transformou em alegria e afectos.
A formação às monitoras em Lichinga correu muito
bem. Sentimos bastante interesse e que a nossa experiência não estava a ser em vão. Estava a ajudá-las a crescer enquanto profissionais que trabalham com crianças. Foi uma partilha muito enriquecedora, não só a nível profissional como a nível pessoal.
As condições, muitas vezes, não eram as mais agradáveis. Mas até isso nos fazia rir da situação e, hoje, já tenho saudades.
Passámos uma semana no mato, em Mossangulo.
Foi a experiência mais marcante. Muitos órfãos, o dialecto era diferente, não tínhamos luz nem água…
Mas quando acordava tinha uma vontade enorme de ir trabalhar e ir brincar com aquelas crianças de olhos grandes e expressivos.

Em África o povo marca muito. A mim marcaram-me as crianças. Estou muito saudosa por isso. Vou voltar!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Viagens de um voluntário ALVD - Moçambique

Relato de João José Pereira da Silva Antunes


As comunidades a que assiste a missão Dehoniana no Alto Molócuè são 297.
Pela quantidade de comunidades e pelo reduzido número de padres de que a missão dispõe resulta que por ano serão visitadas mais ou menos duas vezes.

Neste último fim-de-semana foram visitadas cinco dessas comunidades.

No sábado, numa delas, foi celebrante um sacerdote diocesano natural da Argentina que está estagiando nesta missão e que ainda este ano regressará ao seu País. Na segunda comunidade esteve um acólito, que será ordenado Diácono ainda no corrente ano, a fazer a celebração da palavra. Na terceira comunidade estiveram dois padres. Um deles não celebra em virtude dos seus 87 anos de idade - mas quer sempre acompanhar. Nesta terceira comunidade estive eu também.

Para lá chegar, partimos às 7 da manhã e foram percorridos 37 km, sendo os primeiros 20 em alcatrão. A duração da viagem foi contudo de aproximadamente uma hora.

Gostaria de partilhar com quem tem a paciência de me ler o que é estar nestas comunidades, mas tal é indescritível. Só vendo.

A população sai-nos ao caminho. O sacerdote abranda o carro para que a população nos acompanhe. Os cânticos e as palmas não param. Chegados à Igreja é-nos dado um aperto de mão, em três movimentos, por toda a assembleia. Fui rodeado por todos até o Padre estacionar. Imaginaram-me padre. Desta deslocação fiz três vídeos em momentos diferentes. Um precisamente à chegada, outro já no final da eucaristia em que foram apresentadas as boas-vindas com muita música decorrendo também a leitura de um pequeno texto. O terceiro vídeo documenta o que no final foi a procissão de ofertas para o Padre. O pouco quem têm partilham. Grande lição de humildade e solidariedade nos dão.

Uma chaga desta sociedade é o alcoolismo - claro que também temos esta chaga mas outros meios para a combater. Na homília o sacerdote falou dela.

Como a homília é partilhada resolvi sugerir que iniciassem encontros periódicos com essas pessoas que tenham vontade de deixar de beber cuja orientação ficará a cargo de algum responsável local. Foi aceite a ideia e o Padre disse que, quando ali voltasse, gostaria que houvesse resultados positivos.

No final houve confissões e um encontro de jovens. Queriam que eu fosse o orientador. Claro que chamei o responsável para orientar pois eu estava ali mais para aprender. Fui muito questionado. A todas as questões procurei responder.


Acabada esta visita, fomos banqueteados, digo bem, banqueteados. Havia três tipos de arroz, batata frita, frango assado e guisado e salada de alface e tomate, tudo em grande quantidade. Diz o sacerdote que em 20 anos que leva de Moçambique nunca foi assim recebido. Ali foi a sua primeira visita.


 
No final voltaram os apertos de mão e acompanhamento até à estrada sempre a cantar.

No Domingo fomos mais perto. Visitámos duas comunidades. Na primeira ficaram o acólito, um sacerdote e uma voluntária seguindo o restante para a segunda comunidade.

O ritual foi igual ao do sábado. A única diferença esteve na participação deste grupo de jovens que esteve muito fechado. Estranhei que não me tivessem feito perguntas. Provavelmente não lhes consegui transmitir confiança.

É tudo por hoje e até ao próximo encontro.

João José Pereira da Silva Antunes

Viagens de um voluntário ALVD na Zambézia - Moçambique

Relato de João José Pereira da Silva Antunes

O presente relato traduz a minha vida de uma semana passada em redor das missões dehonianas





Na segunda-feira, dia 18, partimos em visita às missões dehonianas na Província da Zambézia. Eu, a voluntária Maria e os padres Domenico, italiano e Miguel, argentino.

Foi um percurso superior a mil quilómetros em que apenas uns cento e cinquenta foram em piso alcatroado.

Partimos muito cedo. Eram 5.15 horas.

Lavávamos connosco, pois dormiu nessa noite na nossa casa, um rapaz colocado na missão do Gurúè, o João de meu nome, ao abrigo de um qualquer acordo com o IPPAR, sendo os encargos da missão o alojamento, alimentação e lavandaria. Ali chegados pude rever tanta gente que conheci em 2005/2006. Foi realmente uma festa.

Deixado este hóspede partimos em direcção a Namarrói onde almoçámos. São dois padres Moçambicanos que tomam conta da missão. Como falta o dinheiro - só têm da diocese um valor equivalente a 20 € - têm de dar aulas no ensino oficial para poderem sobreviver. Daqui auferem cerca de 60€. Não chega para reparar as instalações, a viatura que está encostada às "boxes", etc.

Rumámos ao Gurúè onde revi outras pessoas. Ali jantámos e pernoitámos no noviciado, uma obra que estava em construção em 2006. Apesar de instalações recentes já se notava a necessidade de alguma intervenção.

Seguiu-se a missão do Ile, também abandonada e em ruínas. Os padres, neste caso Moçambicanos, estão a viver numa outra casa que lhes foi doada por portugueses.

Dirigimo-nos em direcção à missão de Nossa Senhora de Lurdes de Mulevala. Esta missão foi recuperada pelo Padre Domingos, Moçambicano, que visitei em 2006, e que veio a falecer tragicamente de acidente quando regressava a casa depois de ter ido levar uma doente ao Hospital de Quelimane. Actualmente estão lá dois padres moçambicanos, um deles o Padre Sigome, que tive o gosto de receber em minha casa por duas vezes. Aí almoçámos do que levávamos pois esta missão vive em extrema dificuldade não apenas pela pobreza em si mas porque a morte do Padre Domingos, que também recebi em minha casa, deixou muitas dívidas e os actuais padres desconhecem as fontes de financiamento que existiam.

Dali nos encaminhámos para a missão de Mocubela, também ela ao abandono e sem padres.

Pebane foi a missão seguinte.

Aí permanecem dois padres Moçambicanos. Um, o Padre Barnabé, esteve também comigo em minha casa.

É sempre uma alegria encontrar estes amigos.

Nesta missão pernoitámos duas vezes.

Fomos recebidos "principescamente" apesar da pobreza reinante.

No dia seguinte à chegada, na véspera chegámos à noite, foi o nosso único descanso.

Fomos à praia. Pela primeira vez na vida vi o Oceano Índico. Praia realmente bastante limpa - também as pessoas que a visitam são raras. - Água espectacular, onde ainda nadei um pouco. Maravilhosa temperatura. Ao sair da água fui correr um pouco tendo de imediato a companhia de um jovem que foi desfiando as dificuldades existentes. Curiosamente não pediu nada.

Nesta missão pude constatar que há alguns jovens, que têm o nome de vocacionados, que não podem ingressar no Seminário porque as famílias não têm sequer o valor que lhes possibilite a inscrição, ou seja, a propina. Foi-me dito que há muitas outras missões onde isso acontece.

Após a segunda noite em Pebane continuámos a nossa visita.

Passámos por Moalama onde visitámos as antigas instalações, a decaírem actualmente, pois aí também não há padres.

Verificamos que em cada missão havia sempre a igreja, de um lado a casa dos padres e do outro a casa das irmãs. Havia ainda, por regra o Hospital da missão. Todos estes hospitais foram nacionalizados e estão hoje ao serviço como centros de saúde. De condições não vou dizer nada.

Rumámos ao Nabúri onde a situação é igual. Nesta missão, com um muro a servir de mesa almoçamos o resto que nos sobrava.

A missão seguinte dá pelo nome de Gilé.

Aqui existem dois padres, um brasileiro e um indiano, ambos Claretianos.

Passámos aqui a noite, tendo também jantado.

Rumámos à missão seguinte, tendo de atravessar o rio, como fizéramos na véspera, por uma "ponte" sempre a ver quando é que ficávamos encravados, o que estava a acontecer com uma carrinha quando chegámos pelo que aguardámos um pouco até que ela conseguisse passar.

Esta situação da travessia está a acontecer desde há algum tempo prevendo-se que ainda no corrente ano terminará a construção de uma nova ponte.

A missão seguinte dá pelo nome de Moneia.

Igualmente está ao abandono embora os Claretianos estejam já a providenciar a vinda de dois dos seus padres, que serão um brasileiro e um indiano.

A África incorpora um "batalhão" de Claretianos pois existem mais de seiscentos, não sei se sacerdotes apenas ou também religiosas e leigos.

Pusemo-nos a caminho em direcção a Muyana.

Coincidiu esta visita com a presença do Bispo da Diocese, D. Francisco Lerma, missionário da Consolata, que, quando chegámos, estava a celebrar a eucaristia campal e a administrar o Sacramento do Crisma.

Chegámos, dirigimo-nos à residência e fui, de máquina em punho, documentar um pouco a cerimónia.

O padre brasileiro viu-me e associou-me de imediato à nossa chegada pois estava alertado dela. Quando me dirigia para o carro para ir buscar a minha inseparável água, ouço alguém atrás de mim a dizer bom-dia. Respondi do mesmo modo mas nem me virei pois imaginei alguém já a querer pedir alguma coisa. Era o padre que abandonou o altar e veio para saber se éramos quem estava à espera. Dirigiu-se de novo ao altar. Volvidos uns instantes volta a sair do altar dirigindo-se à casa para mandar acrescentar o "tacho" para mais quatro.

Ao almoço aproveitei a ocasião para conversar com o Sr. Bispo sobre a questão dos vocacionados que querem ir para o seminário e não têm dinheiro para o fazer. Ficou com o meu contacto e vai-me informar sobre os custos da formação destes alunos no Seminário para ver se consigo arranjar algum "padrinho" de seminarista, à semelhança do que acontece com as crianças.

De seguida passámos por mais uma missão, Alto Ligonha, ao abandono sendo a próxima estação o regresso a casa.

Foi uma experiência maravilhosa embora extremamente cansativa."

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ALVD em Moçambique: “Aprender para ensinar em Lichinga”

Após 1 ano de formação, um grupo de Voluntários do Norte de Portugal, constituído por um casal, Eduardo e Maria e 7 jovens, Paulo, Natália, Rogério, Avelino. Rita, Carla e Lurdes, partiu para Moçambique com destino à cidade de Lichinga, capital do Niassa, em Moçambique.

O projecto destes Voluntários, consubstanciado no lema “Aprender para ensinar em Lichinga" tinha 2 grandes objectivos: um consistia na formação de agentes locais com vista a operacionalizar Bibliotecas do ESAM – Ensino Secundário Aberto de Moçambique, isto é, triagem e informatização dos livros que tínhamos enviado previamente de Portugal; outro passava pela formação teórico prática nas Escolinhas supervisionadas pela Irmã Olivia da Congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima.

Assim, chegados a Lichinga, houve um primeiro impacto de alguma tristeza pois os Voluntários tiveram que se separar. Se as educadoras ficaram sediadas aí porque o seu trabalho desenvolver-se-ia nas escolinhas que ficavam no Bairro da Cerâmica na cidade, o grupo da Biblioteca e Informática partiu para Cuamba, “cidade do pó”, onde se desenvolveu grande parte do seu trabalho.

A intervenção nas Escolinhas correu dentro do previsto pois a Irmã Olivia tinha tudo muito bem planeado e a acção das Voluntárias decorreu de forma fantástica inclusive a semana em que trabalharam em Massangulo (cerca de 100 km de Lichinga) com a Irmã Delvina deixando marcas positivas e inesquecíveis.

No que respeita ao grupo das Bibliotecas e de Informática, as coisas não decorreram conforme o planeado com o Francis, Director do ESAM, pois os livros enviados de Portugal que haviam chegado a Maputo há bastante tempo, só chegaram a Cuamba passado uma semana depois de nós com uma particularidade incrível, partiram de Maputo de camião e chegaram a Cuamba de comboio.

Face a esta contrariedade, arregaçamos as mangas e deitamos mãos à obra, isto é, dedicámos todo o nosso empenho às Bibliotecas existentes na Paróquia de S. Miguel e na Escola do Padre Menegon, formando os Bibliotecários locais e assim 2 bibliotecas mais ficaram organizadas e informatizadas de forma a servirem melhor as comunidades locais.

Chegados os livros ao ESAM, ainda conseguimos separar todos os livros pelas respectivas áreas e registá-los informaticamente para, posteriormente, serem distribuídos pelos vários pólos da Escola. Devido ao atraso na chegada dos livros não tivemos possibilidades de intervir em Mitande e obviamente as intervenções nas cidades de Mecanhelas e de Metangula foram prejudicadas.

Apesar de os computadores não terem chegado às salas de informática prontinhas e bonitinhas para os receber não permitindo que o projecto na área de informática, propriamente dito, pudesse sido efectivado, o balanço é extremamente positivo pois as bibliotecas ficaram mais funcionais assim como as pessoas que interagiram connosco ficaram melhor preparadas para trabalharem e passarem o que aprenderam a outros.

Gostaríamos de acrescentar que a tristeza da separação à chegada foi recompensada com um encontro maravilhoso de todos os Voluntários no Lago Niassa no ”M’Buna Bay Resort”, local fantástico onde por momentos repousámos do nosso trabalho, ficando com o sentimento do dever cumprido mas com a convicção de que há muito trabalho a fazer por futuros grupos de Voluntários e as saudades de Moçambique e dos Moçambicanos já começavam a mexer connosco.

Finalmente Maputo, um passeio pela cidade, uma ida ao Kruger Park na África do Sul, com muita aventura e mais uma formação na Biblioteca do Fomento pelo meio e regresso a Portugal.

Um grande obrigado ao Sr. D. Helio Greselin, Bispo de Lichinga, aos Padres Dehonianos e às irmãs que nos acolheram de maneira muito cordial!

Saudações Dehonianas!

Eduardo Maia - ALVD

sábado, 25 de setembro de 2010

Mais um voluntário leigo Dehoniano português em Moçambique

O Sr. João Antunes, pai de filhos e avó de netos, mais uma vez (tinha estado durante um ano no Centro Polivalente Leão Dehon no Gurúè) partiu para Moçambique para dar uma colaboração no Centro Juvenil da Missão do Alto Molocuè em Moçambique.

Irá colaborar com a outra voluntária já no terreno: Maria Arbona. As suas intervenções incidirão nas áreas de informática, contabilidade, biblioteca e evangelização.


Antes de partir no dia 25 de Setembro, tomou um cafezinho às 8.00 horas da manhã no aeroporto da Portela como confirma a fotografia.

O Presidente da ALVD Adérito Barbosa

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Queridos amigos, grupo ALVD da Diocese de Lichinga

“ A doação total aos outros exprime um elevado grau de delicadeza do coração” (P. Formigão)


Quero parafrasear esta frase do meu fundador para exprimir tudo o que eu senti em relação a vós nas vossas intervenções aqui enquanto voluntários em diversas frentes de trabalho.

A vossa alegria, disponibilidade, doação, esforço de adaptação, “às realidades de espaços físicos e psicológicos” o coordenação ao grupo e outras tantas coisas, em tudo isto, vós manifestastes a delicadeza de coração que o mundo hodierno já esqueceu tudo, porem, mostrastes em tudo total doação aos outros.

Da minha parte como porta-voz da comunidade depois da nossa avaliação comunitária chegamos à conclusão que foi uma experiência óptima, maravilhosa e queremos continuar nesta partilha da gratuidade abrindo-nos à novidade do voluntariado.

E continuando com o pensamento do nosso fundador “ porque a essência própria do AMOR é a dedicação, a vontade firme de se dar” (P. Formigão)

Com simpatia e amizade para todos vós vai a minha estima e a todos vos abraço fraternalmente com um agradecimento por tudo aquilo que sois para os mais carenciados e para o anúncio da boa nova, bem-haja.

Pela comunidade:

Ir. Olívia de Oliveira RF

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Crónica de Moçambique: ALVD no Cóbuè

Depois de seis voluntários terem regressado de Cuamba a Lichinga, houve uma nova redistribuição para esta última semana de Agosto. Eduardo, Maria, Paulo e Avelino foram para Metangula, junto ao lago Niassa para darem formação, organizarem a biblioteca e fizerem prospecção das necessidades. As educadoras Rita, Carla e Lurdes, depois de terem regressado de Massangulo continuam a sua intervenção em Lichinga. Já a Natália e o Rogério tentarão aqui em Lichinga criar um site e um blog para a Diocese. Dado que nunca tinham ido ao lago, o Rogério e a Natália acompanharam o P. Adérito e a Ir. Olívia que tiveram de ir a Cóbuè verificar as condições para uma possível acção de leigos dehonianos nos próximos anos.

Então, partimos os quatro às 6 horas da manhã do dia 19 de Agosto, dia de S. João Eudes (promotor da devoção ao Coração de Jesus e Coração de Maria). A primeira parte da viagem foi até Metangula, (lago), onde chegamos perto das 8 horas da manhã. A estrada era boa, embora muito estreita.

A partir daqui foram mais de 3 horas em picadas, por uma reserva natural, onde não faltaram os macacos e as gazelas a cruzarem-se connosco na estrada. As cangas também abundam. A irmã Olívia teve que meter a reduzida e a tracção às quatro rodas no jeep para conseguirmos bamboar na estrada (como se estivéssemos numa pequena canoa no lago), mas chegarmos ao destino. Se antes disse que a estrada era boa, aqui tenho que dizer que a estrada era menos boa. Usando a linguagem moçambicana que aprendemos, é mesmo impossível aqui fintar a estrada.

Mesmo assim, antes de chegarmos a Cóbuè, carregamos o jeep com mamãs e filhos pequenos que tinham vindo para a machamba a mais de 20 kms trabalhar. Lá chegamos a Cóbuè (que significa origem dos nihanjas em Moçambique).

Antes de mais fomos visitar o antigo seminário da Consolata onde pode alojar os voluntários dehonianos. Aqui está instalado um pequeno hospital, dirigido por inglesas e americanas anglicanas.

A igreja era lindíssima e foi destruída pela guerra. Seria um orgulho nosso de ALVD se conseguíssemos recuperar esta igreja para a diocese.

O lago está ali a 10 metros com água morna, mais quente do que a água quente do Algarve em Agosto. Em frente vê-se a ilha de Cóbuè no lago, oferecida pelo régulo há bastante tempo, ao Malawi. Aqui tem praias e boas infraestruturas. Pode visitar-se de barco.

O pároco Leonardo de Cóbuè é o mesmo de Metangula e é natural do Burundi, residindo em Metangula.

Só em Cóbuè tem 60 aldeias que tem de visitar sempre de barco, já que não consegue por terra. Gasta 140 litros de gasolina no barco cada vez que tem de fazer a visita às aldeias.

Aqui não são macuas (a maior parte católicos), nem jauas (a maior parte muçulmanos), mas inhanjas (a maior parte anglicanos). No entanto, existem católicos que é necessário acompanhar.

Então, o P. Leonardo é de opinião (se fosse para usar a linguagem de Mitande deveria dizer-se pressente) que um grupo de voluntários, acompanhados por padres, poderiam fazer acções de formação em Cóbuè sobre a família cristã, as pequenas comunidades cristãs como apresenta o sínodo africano, o papel do jovem na comunidade e o papel do animador da comunidade, sem esquecer as funções das mamãs na comunidade. Poderiam também visitar as aldeias e celebrar se aí mesmo.

Pode visitar-se A ilha de Cóbuè (15 minutos de barco, 3 horas de canoa), mas não tem nada a ver com a missão, já que faz parte do Malawi.

Assim, depois de provarmos com os pés, a água do lago em Cóbuè, e tomarmos qualquer coisa debaixo de uma árvore para retemperarmos as forças, começamos o regresso. Mais duas horas e meia de picadas e abanões e saltos no carro até chegarmos a Metangula, onde encontramos os quatro ALVD que se acabavam de instalar em Metangula para a sua última intervenção no Niassa (palavra que significa muita água).

Conversamos com o pároco, com o grupo, tiramos umas fotografias ao sol que tentava mergulhar na água do lago e voltamos à estrada (sim, estamos autorizados a chamar estrada) para Lichinga e retomamos o nosso caminho ladeados por imponentes e seculares embondeiros que prestavam homenagem à nossa passagem.

Ainda vimos algumas queimadas (não fogos criminosos, mas de limpeza intencional para apanhar caça e crescer pequena vegetação para os animais) junto à estrada. Assim depois de 13 horas de viagem, chegamos a casa onde encontramos as irmãs (Prazeres e Ir. Maria José) e as nossas três simpáticas voluntárias (Rita, Carla e Lurdes).
Adérito Gomes Barbosa, coordenador do projecto ALVD

Lichinga, 19 de Agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Metarica

A cama havia de ter rodas!

Levantamo-nos muito cedo (04:45h) para acompanhar o Pe Park a Metarica onde celebrou uma Eucaristia numa igreja nova e bonita construída pelas Irmãs da Congregação Santa Maria Madalena. As irmãs não estavam porque tinham ido para Nampula fazer um retiro. Ainda tentamos visitar a biblioteca local a pedido de vários estudantes mas não foi possível por estar fechada.

Viemos almoçar a Cuamba e de tarde fomos descansar, não havia outra hipótese.

sábado, 14 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Biblioteca da Catequese

Conclusão dos trabalhos na biblioteca da Catequese com a etiquetagem e arrumação dos cerca de 700 livros religiosos na estante. (a senhora da limpeza faltou ao serviço).

Parte do grupo acompanhou os Leigos do Desenvolvimento na visita às escolinhas, uma em Etatara e outra em S. Domingos Muheia.

No fim da tarde fomos à missa também organizada pelos Leigos e celebrada pelo Pe Guido.

Vamos cedo para a cama que Domingo promete…

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Continuação dos trabalhos

Conclusão dos trabalhos na biblioteca do ESAM e continuação dos trabalhos na biblioteca da Catequese.

Depois do jantar, despedimo-nos do Pe Rogélio que no dia seguinte ia partir muito cedo para Nampula e com destino aos trabalhos da Consolata em Maputo.

Antes de descansar passamos pelo Águia D´Ouro para ver a festa do Halloween, que infelizmente não houve por falta de aderentes.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Um dia especial

Hoje é um dia especial, mas disto falamos mais tarde…

Dividimos o grupo e começamos o trabalho em duas futuras bibliotecas: um grupo foi para o ESAM, informatizar os livros que chegaram de Portugal, conjuntamente com funcionários do ESAM; o outro grupo informatizou os livros religiosos que formarão a futura biblioteca da catequese da Paróquia de S. Miguel. O trabalho vai continuar nos próximos dias.

Assistimos à Adoração organizada pelos Leigos do Desenvolvimento, cerimónia celebrada pelo Pe Rogélio de muita espiritualidade.

Finalmente fomos jantar fora para festejar o aniversário do caçula do grupo – o Rogério, que faz hoje 22 aninhos. Houve direito a bolo africano e tudo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Regressamos a Cuamba

Ainda em Mecanhelas...
De manhã houve formação para um grupo de 2 professore e 3 alunos do ESAM, o Eduardo e a Maria foram à comunidade de Entre-os-Lagos com o Tito, num jipe que só pegou de empurrão e não tinha travões, onde foram recebidos pela irmã brasileira Cerélia. Visitaram as instalações e regressaram a Mecanhelas.

Almoçamos e regressamos a Cuamba conduzidos pelo José. O Padre Rogélio ofereceu-se para nos levar à célebre e nossa conhecida Casa Azul onde ficaremos até ao fim da nossa estadia na cidade da poeira.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Estadia em Mecanhelas

Depois do pequeno-almoço na Paróquia de S. Miguel fomos conduzidos pelo motorista do ESAM (Fernando) até ao nosso destino – Mecanhelas.

Chegados, fomos recebidos pelo Tito, um leigo Amarantino que vive há dezanove anos em Moçambique e que é responsável pelas construções da missão local.

O Tito levou-nos ao Centro de Saúde, onde a Natália fez o teste da malária (felizmente deu negativo) e foi medicada para a gripe. Entretanto aproveitamos para visitar as instalações do Centro de Saúde.

Almoçamos e enquanto a Natália ficou a descansar, fizemos o reconhecimento da cidade sempre guiados pelo irmão e conhecemos a Biblioteca local do ESAM e ficamos surpreendidos com a quase inexistência de manuais escolares. Nesta situação, concluímos que período pré-estabelecido para a nossa estadia em Mecanhelas era excessivo.

Quando chegamos aos quartos ficamos atónitos com as condições de higiene que encontramos, desde excrementos de rato no chão e no meio dos lençóis, baratas bem alimentadas e as nossas tão bem conhecidas e queridas osgas e aranhas (já são da família).

O grupo ficou um pouco triste e apesar de saber que estamos em África, temos consciência que a limpeza é essencial e não tem nada a ver com as limitações locais.

Em face do pouco trabalho que nos esperava e das condições existentes falamos com o Bispo D. Élio, assim como com o Padre Adérito e o Francis e foi decidido que no dia seguinte, após o almoço, regressaríamos a Cuamba.

Jantamos e dormimos que nem justos, apesar de bem acompanhados pelos nossos animais de estimação mas mais sossegados, porque deram-nos nova roupa para as camas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: ALVD EM LICHINGA…

A DIOCESE DE LICHINGA (ANTIGA VILA CABRAL) TEM CERCA DE 130.000 KM2 E DOIS MILHÕES DE HABITANTES. ALÉM DE FRONTEIRAS COMO MALAWI E TANZÂNIA TEM O LARGO NIASSA COM 365 KMS DE COMPRIMENTO E 12 KMS DE LARGURA.
O BISPO D. ELIO GRESELIN ESTÁ A VISITAR AS COMUNIDADES CRISTÃS NO SUL DA DIOCESE E SÓ REGRESSA À SUA SEDE NO FIM DO MÊS DE AGOSTO.

ALGUNSVOLUNTÁRIOS ALVD ESTIVERAM UMA SEMANA EM LICHINGA (CIDADE) E FORAM UMA SEMANA PARA O MATO MESSANGULO. OS OUTROS VOLUNTÁRIOS CONTINUAM EM CUAMBA A AGUENTAR O PÓ E O CALOR E A PREPARAR OS LIVROS QUE VIERAM DE PORTUGAL PARA A BIBLIOTECA.

CÁ EU CONTINUO AQUI EM LICHINGA: ENCONTROS COM OS VOCACIONADOS, COM AS RELIGIOSAS, COM OS ANIMADORES, COM OS JOVENS.

NA PRÓXIMA SEMANA PARTIREI PARA CUAMBA AFIM DE ENCONTRAR OS VOLUNTÁRIOS E CONTACTAR A REALIDADE LOCAL PARTOCULARMENTE A UNIVERSIDADE.

AQUI MUITO AO NORTE DE MOÇAMBIQUE FOI BOM SABER QUE OS ALVD EM ANGOLA ESTÃO COM TODA A FORÇA, ASSIM COMO OS DE ALTO MOLOCUÈ EM MOÇAMBIQUE.
UM ABRAÇO AFRICANO
ADÉRITO BARBOSA, SCJ

Crónicas de Moçambique: Os livros em Cuamba

O grupo foi todo para o ESAM abrir as caixas dos livros, fizemos a selecção durante a manhã.
De tarde fomos surpreendidos com a tecnologia avançada da equipa local, os funcionários do ESAM puxaram pelos seus computadores (folhas de papel A4), copiaram o cabeçalho do programa e começaram a registar manualmente os livros.

Depois da formação que demos durante a semana para introduzir os registos informaticamente não entendemos que não aproveitassem os recursos disponíveis, há coisas que nos escapam...
Os grupos gravaram as duas bibliotecas que tinham feito na semana anterior dando por terminado o seu trabalho em Cuamba.

Depois do jantar estivemos com as Voluntários dos Leigos para o Desenvolvimento e oferecemos um portátil para a Biblioteca Menegon para que, pelo menos aqui, o trabalho iniciado não fosse perdido e pudessem continuar a registar o resto dos livros.

Amanhã seguiremos para Mecanhelas.

domingo, 8 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Caminhada em Mitucué

Finalmente tivemos notícias dos livros, começaram a viagem de camião em Maputo na Terça-Feira passada e de Nampula para Cuamba vieram de comboio. O José vai buscá-los à estação e leva-los para o ESAM.

Partimos cedo para Mitucué com o Pe Park, (Sul-Coreano) onde celebrou uma eucaristia em macua e fez doze baptizados. O local é muito bonito, era a missão mãe de Cuamba, sobre o ponto de vista religioso era a mais importante na altura porque Cuamba era uma comunidade pequena. Neste momento está abandonada porque depois da revolução foi nacionalizada, tendo sido entregue recentemente à Consolata.

A igreja é uma pequena preciosidade a necessitar urgentemente de obras.

Quanto a cerimónia, as cores, a alegria e a simpatia das pessoas deixaram-nos sem palavras.

Fomos de jipe até à Central Eléctrica onde fizemos um piquenique, seguido de uma caminhada montanha acima durante uma hora até à Barragem de Mitucué. A paisagem é deslumbrante mas foi duro de subir e descer também não foi fácil.

Regressamos a Cuamba e depois do jantar estávamos liquidados.

Amanhã espera-nos um dia de trabalho árduo.

sábado, 7 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Passagem do Bispo D. Élio em Cuamba

Os livros ainda não apareceram. A manhã começou com várias e gloriosas partidas de futebol com os miúdos locais.

O Bispo D. Élio passou por Cuamba e almoçou connosco.

De tarde fomos a Quinta Timbwa com a Marlene, um empreendimento muito engraçado com um lago e onde se podem fazer vários eventos.

A Maria foi a consulta da irmã Aila, especialista em Medicina Natural e foi surreal…

Convidamos as voluntárias Leigas para o Desenvolvimento para jantar no Águia D´Ouro e parecia que estávamos em Aveiro a ver o jogo Benfica-Porto e acabou em beleza para o Porto.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Uma noite diferente

Os livros continuam sem chegar e o nosso trabalho resume-se a acompanhar os bibliotecários a continuar a informatizar nas bibliotecas existentes.

De  tarde o grupo da Menegon utilizou o data-show para dar formação de pesquisa.

As voluntárias dos Leigos para Desenvolvimento (Diana, Inês e Marlene) convidaram-nos para jantar. A casa é muito gira e fomos muito bem recebidos. Seguimos para o Águia D´ouro e assistimos à noite da Miss Cuamba, o dia terminou em beleza.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Centro Nutricional de Cuamba

Continuamos o trabalho do dia anterior nas respectivas bibliotecas. De tarde, por volta das 16:30h, os dois grupos encontraram-se com o Pe Rogélio no Centro Nutricional de Cuamba, uma obra de apoio a crianças subnutridas e iniciada por uma irmã brasileira que é especialista em Medicina Natural e que agora é continuada pela irmã Aila e outras locais.

Mostraram-nos as instalações e explicaram-nos o seu funcionamento: algumas crianças vão directamente ao centro onde lhes é feito um exame prévio e poderão ficar lá internadas ou serem encaminhadas para o hospital; outras são enviadas pelo hospital depois de serem avaliadas. Neste centro ficam internadas (acompanhadas pelas mamãs) durante o tempo necessário para a criança atingir o peso suficiente para regressarem a suas casas. Neste momento estão internadas quinze crianças e onze mamãs.
As carências são de vária ordem a começar pela falta de: colchões, cobertores e alimentação, mas mesmo assim o centro tem feito autênticos milagres, se não existisse muitas crianças teriam morrido.
O grupo ficou devastado, não há palavras que descrevam esta realidade e ficamos com muita vontade de ajudar e divulgar esta obra.
As 18:00h, fomos a Faculdade de Agricultura assistir a uma Eucaristia celebrada  pelo Pe Lionel que se despedia como professor e Capelão ao fim de dois anos com destino a outra missão em Nampula.
A eucaristia foi uma festa de homenagem com cânticos de alegria, discursos de agradecimento, prendas e um lanche final no jardim.
Ficamos deslumbrados pela alegria deste povo que sabe dar valor à vida e à amizade apesar das provações por que passam.
A noite reunimos num café muito agradável e falamos sobre o que poderíamos fazer pela obra do Centro Nutricional e das emoções de um dia tão intenso. Telefonamos para o outro grupo para partilhar a experiência.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique:Trabalhos em duas frentes

O grupo dividiu-se e ficaram dois na biblioteca de S. Miguel e quatro foram para a biblioteca de Menegon iniciar a informatização das bibliotecas existentes.

O dia correu bem, conseguimos atenuar o problema da água, já que nos foi colocado água fresca nos bidões e nos baldes para nos lavarmos e arrefecer os ânimos.

O astral subiu, fizemos um lanche nocturno retemperador, vimos as fotos no data show,  e tentamos ver um filme, mas fomos vencidos pelo cansaço.

Amanhã espera-nos nova jornada e rezamos para que os livros finalmente cheguem para entrarmos em velocidade cruzeiro.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Início dos trabalhos

Todo o grupo foi para Biblioteca S. Miguel da Paróquia para iniciar a formação a quatro bibliotecários. Foi um gozo, seis formadores para quatro alunos, não correu bem porque não estávamos preparados para fazer as adaptações necessárias no momento.

Depois engrenamos e estamos convencidos que, apesar das contrariedades, conseguimos os objectivos iniciais.

A tensão aumentou e a água nos campos diminuiu, imaginem a falta que a água faz…

Jantamos nesse dia e somos sinceros, não fomos capazes de actualizar a nossa página…

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: De Lichinga a Cuamba

De manhã bem cedo começamos com uma visita à famosa horta de D. Élio – Bispo de Lichinga. Não se admirem porque o Bispo é um admirador e conhecedor das características e qualidades das plantas.

Depois de fazermos uma visita à cidade conduzidos pelo Francis, Director do ESAM-Ensino Secundário Aberto de Moçambique, seguimos para a Escola da Cerâmica onde estão instalados três voluntários (Rita, Carla e Lurdes) onde irão trabalhar com os educadores das escolinhas da região.

Novamente fizemo-nos à estrada rumo a Massangulo, onde visitamos a irmã Divina que nos recebeu carinhosamente, acompanhada de duas crianças órfãos ( o Rafa e a Luquia ) brindando-nos com um lanche. Mostrou-nos o Santuário Diocesano da Nossa Senhora da Consolada e parte da obra feita pela sua instituição nessa cidade.

A nossa próxima paragem foi na ponte que atravessa o rio Lugenda para esticar as pernas e ver os níveis que o rio atinge na época das chuvas, um local agradável. De novo seguimos pela estrada poeirenta, sempre ladeada de aldeias, pessoas e animais, e chegámos finalmente ao nosso destino - Cuamba.

Já em Cuamba, visitamos as instalações do ESAM, onde iremos ficar provisoriamente esta noite, jantámos e antes de repousar tivemos uma pequena e breve reunião com o Padre Rogério, pároco de Cuamba, a fim de organizar e planear os nossos trabalhos para o dia seguinte. Por hoje é tudo amanhã há mais...

domingo, 1 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: A Caminho de Lichinga

Partida
Na tarde de 30 de Julho um grupo de 8 pessoas (Eduardo, Maria, Natália, Paulo, Lurdes, Rita, Carla e Avelino) cheias de confiança e determinação partiram do Porte rumo a Lisboa dando início à longa caminhada rumo a Lichinga. Na mesma tarde partia do Funchal um jovem voluntário (Rogério) que se juntaria ao restante grupo na madrugada no dia seguinte.

Em Lisboa fomos acolhidos pelo Seminário de Nossa Senhora de Fátima que nos transportou do e para o Aeroporto, permitindo-nos assim descansar um pouco para a viagem longa que nos esperava.

No dia 31 de Julho, pelas 5 horas da madrugada, com a bagagem cheia de ansiedade e coragem, o grupo foi confrontado com a primeira grande contrariedade, isto é, a nossa amiga TAP, disse que ainda não estávamos preparados para a acção e então adiou o voo das 6h30m para as 15h30 m.

O grupo reagiu positivamente retemperando forças no chão do Aeroporto e enfrentou a viagem com bravura.

2

Chegada a Maputo
As 12 de horas de atraso em Lisboa transformaram a nossa viagem num verdadeiro tormento. O cansaço provocado pela chegada por volta das 3 h da madrugada foi amenizado pelo acolhimento e o “mata bicho” oferecido pela comunidade Dehoniana de Maputo.

Após este pequena pausa regressamos ao Aeroporto de Maputo para embarcarmos finalmente para o nosso destino – Lichinga, com um intervalo para esticar as pernas em Nampula.

Finalmente Lichinga!
Será que é verdade? Afinal é mesmo, após dois dias de aventuras sentimos o ar fresco e convidativo para começar a trabalhar...
1



… à nossa espera estava a Irmã Olívia e o Francis que nos transportaram para um retemperador almoço e um merecido descanso zzzz …

O Grupo jantou com o Bispo de Lichinga, D.Élio, Irmã Olívia e Francis na residência episcopal.

O grupo de informática

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Crónicas de Moçambique: Sem comunicação em Nampula

Desde que eu voei de Maputo para Nampula a 23 de Julho que nunca mais
tive comunicação e contactos com o exterior: a fibra óptica rompeu-se
no Xai  Xai e deixou tudo sem internet, sem MCEL e sem VodACOM (duas
redes de telemóveis).

Assim, depois de respirar da viagem Lisboa-Maputo-Fomento-Nampula, no
dia 25 de Julho tivemos um encontro com 50 professores da paróquia dos
dehonianos aqui de S. Pedro em Nampula.

E de 26 de Julho a 28 de Julho, estive a orientar um retiro para
jovens no mosteiro dos irmãos em Rex aqui a 20 kms da cidade de
Nampula.

A partir de hoje começa o retiro da Diocese para 50 padres diocesanos
de Nampula em Anchilo.
Lá vamos nós outra vez até 4 de Agosto, dia do Cura de Ars.

adérito gomes barbosa

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Crónicas de Moçambique: Saudações de Moçambique

Como não sei se a internet funciona lá para cima, aproveito a minha passagem por Maputo para vos dar uma palavra amiga. Cheguei há 5 horas, de Lisboa.
Já preparei a biblioteca de Fomento. Com o P. Ruffini, contactei a Empresa que nos trouxe os ivros. Já chegou a segunda carrada. Daqui a duas horas parto para Nampula.

Depois vou encontrar os 10 lichinguenses em Lichinga e Cuamba. Toda a gente vos espera nos 130.000 km2.

Desejo aos ten (não teenagers) uma boa viagem.

O espírito de África continua com a sua natureza belíssima, com esperanças enormes, com as pessoas na expectativa e a movimentar-se por tudo o que é sítio.

É caso para lembrar o que diz o Sínodo Africano 2009: África levanta-te. Isto fascina. Melhor é um fascínio.
Aguardando-vos aqui no continente verde
adérito gomes barbosa

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Crónicas de Moçambique: Ainda em Moçambique

Desde o dia 29 de Junho até hoje dia 5 de Julho foi impossível enviar-vos alguma crónica como percebereis ao longo do texto.

No dia 29 de Junho, às 5.45h da manhã rezamos as Laudes, celebramos a Eucaristia. A seguir partimos de Quelimane em direcção ao Guruè (gurue é o som da perdiz). O nosso carro (eu e a voluntária Maria Arbona) vermelho era conduzido pelo P. Ruffini, também conhecido como a flecha da Zambézia.

A nossa primeira etapa de 400kms deveria terminar no Alto Molocuè. Nos primeiros quilómetros, ao longo da estrada viam-se muitas bicicletas que serviam de táxi. As bicicletas táxi tinham uma pequena almofada em cima da roda traseira para levar o passageiro que pagava de 7 a 10 meticais.

Depois de 150kms, paramos em Mocuba, onde visitamos a Ir. Paquita, directora do Hospital de Medicina Alternativa. Quando retomamos a viagem, encontramos 50kms de buracos e “estrada feia”, como dizia o Ruffini, que nunca mais acabava…A uma certa altura, diz o motorista: quando vires uma antena é Nampebo, logo o fim da estrada feia.

Mas de Nampebo ao Alto Molocuè fizemos a estrada bonita em 75 minutos.

Às 13.30h, entramos na missão do Alto Molocuè, missão que será casa durante dois anos para a Maria Águasvivas Arbona Palmeiro. A voluntária Elisa que vai passar o testemunho para a Maria recebeu-nos acompanhada do superior. Almoçamos e deixamos a Maria para tomar contacto com a casa, a biblioteca, as salas, as hortas das couves…

Continuamos a nossa viagem para o Guruè às 15.00h com o motorista Ruffini, o P. Choncho (palavra que quer dizer torre, alto), o P. Domingos, o P. Elias e eu.

Passamos em Nauela, a missão onde vivi durante um ano e cujo telhado da Igreja bonita foi levado num temporal há pouco tempo. Passamos por Milevane, meu antigo seminário (a palavra milevane vem da palavra muleva, nome dado a uma árvore. O plural de muleva é mileva e o ne é locativo).

Paramos ainda em Milevane na casa das irmãs para comprar o queijo das cabras delas.

A seguir continuamos para o Guruè, atravessando todo o caracol, cuja estrada não é muito agradável.

Lá chegamos aos Guruè pelas 19-30 horas. O encontro de formação permanente decorreria no edifício do noviciado. Com eletricidade, de vez em quando, e a água a faltar nos quartos, já que fora chovia a pântanos.

No dia 30 de Junho começamos o nosso curso sobre dinâmicas inter-relacionais e inter-activas para a comunidade.

Participavam 30 religiosos da província moçambicana e um padre diocesano da Argentina que está a fazer uma missão de dois anos na nossa comunidade de Alto Molocue.

Tudo correu bem…entre algumas palavras de humor. Quando estávamos a almoçar, dizia alguém: passa-me o Instrumentum Laboris. Não percebi. Depois vi que o abre cervejas tem esse nome.

No dia 4 de Julho, houve a profissão perpétua do Ir. Basílio com a presença do Sr. Bispo D. Francisco Lerma, natural de Múrcia.

Depois do almoço cada carro começou rumar às suas comunidades.

Eu vim com o P. Carlos Lobo e o P. Pistelli por Mulevala, onde estão a construir um santuário a NªSª por uma suposta aparição.

Continuamos a viagem e só chegamos aqui a Quelimane às 21.00horas.

domingo, 27 de junho de 2010

Crónicas de Moçambique: Dois momentos em Quelimane

O P. Bellini teve que ir hoje substituir o pároco, celebrando a eucaristia na capela de Nª Sª do Rosário.

Como eu e a Maria Arbona gostaríamos de participar numa eucaristia de uma comunidade cristã, lá arrancámos às 7.00h da manhã para a referida capela.
Estando o P. Bellini um pouco rouco, pediu-me para presidir à eucaristia.

Preparei uns comentários às leituras do XIII domingo comum. Antes de sairmos, soubemos que aqui em Moçambique celebra-se hoje na liturgia a festa de S. Pedro e S. Paulo. Lá dei uma vista de olhos às leituras dos dois grandes pilares da Igreja.

Quando lá chegámos, disseram que era bom celebrar a festa de S. João Baptista. Nem olhei para as leituras, esperando uma próxima alteração.

A capela encheu de repente. Como é habitual aqui em África, a eucaristia é muito animada com cantos e danças. A Maria Arbona estava impressionada com tamanha vivacidade.

.


Para não defraudar ninguém, na homilia referi-me a S. João Baptista, a S. Pedro e a S. Paulo.

Nos avisos, lá dizia um que o Conselho de Ministros dos Jovens da paróquia tinha decidido algumas medidas. Também apresentou logo o resultado do peditório da missa que rendeu 359,50 meticais. Impressionante a eficácia.

Apresentou uma senhora que era encarregada de resolver os problemas. Por isso, dizia ele que não convinha levar fofoca para outras comunidades cristãs.

Na apresentação de vários grupos, apareceu também o movimento da Família do Coração de Jesus, ligado aos Dehonianos. Alguém referia que estes movimentos o que gostam é de fardas.

Da parte da tarde, foi interessante a visita que fizemos à biblioteca da PMO, coordenada neste momento pela italiana Grazia. Apresentam vários cursos e assistem a mais de 150 leitores diários na biblioteca.

Por hoje é tudo
Quelimane, 27 de Junho de 2010

Adérito Gomes Barbosa, scj

sábado, 26 de junho de 2010

Crónicas de Moçambique: Finalmente Quelimane

Com o convite quase em cima dos acontecimentos para coordenar um seminário aos padres da província moçambicana scj, no Gurúè, sobre dinâmicas inter-relacionais e inter-accionais na comunidade, pus-me a preparar o encontro e voar para Moçambique.
Assim no dia da comemoração dos 35 anos da independência, já estava em Maputo a caminho da Zambézia.

Cheguei ao aeroporto, apareceu-me uma criança, pedindo-me uma moeda para ajudar Portugal no jogo Brasil – Portugal. Só lhe dei um euro, após prometer-me que não ia gastar de qualquer maneira.

Cheguei à nossa casa acolhedora de Salvador Allende, onde encontrei a Maria Arbona que tinha viajado na véspera para fazer voluntariado durante dois anos no Alto Molocuè.

.



Recuperei forças e vi o jogo de Portugal – Brasil na televisão em Maputo, num canal de Angola.

No dia 26, de manhã, o P. Mário Gritti acompanhou-nos à comunidade que está na casa de Fomento, onde estive a falar sobre a comunidade como fonte e meta do sentido da vida para 18 estudantes de filosofia da Província scj de Moçambique. Muito bem! Muitos estudantes para os dias que correm. Estudantes que prometem!

Lá nos acolheu o P. Toller com a sua inigualável bondade e simplicidade.

Além de uma intervenção, de oferecer uma viola nova para os estudantes, confirmei a chegada de 25 caixas de livros (300 kilos) de filosofia.

Depois de duas horas regressamos à casa de Salvador Allende para buscar a mala e partir para o aeroporto.

O P. Mário Gritti teve expressões interessantes durante a viagem:

Olha olha, dizia ele, dois carros já se beijaram (já bateram). Olha olha. Outro carro a morder (encostado).

No aeroporto, depois de despachar a bagagem, lá esperamos das 12.00h às 14.00h para começar a viagem para Quelimane.

Disseram que ia fazer escala na Beira, mas depois andou sempre e chegou aqui a Quelimane. Só depois partiu para a Beira.

Já há uns anos que eu não vinha por e a Quelimane. Que saudades!

E assim, tínhamos o Provincial de Moçambique, P. Carlos Lobo, à nossa espera.

Sim. À nossa espera!

É que comigo, viajava a voluntária Maria Arbona. Também vinha o P. Emilio Jorge que trabalha no seminário dehoniano do Sococo.

Vinha ainda o P. Pistelli que esteve aqui em Moçambique dos anos 1950 a 1970. Foi ele que construiu a Igreja de Nauela (onde vivi dois anos) dedicada ao Coração de Jesus.

As emoções são muitas. Para hoje, chega amigos

Adérito Barbosa

Directamente de Quelimane, dia 26 de Junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Concerto de solidariedade, 26 de Junho - Hub Porto

O Bando do Rei Pescador e os The Gama GT Blues Project associam-se ao projecto “Aprender para Ensinar - Lichinga 2010” e à ALVD, com um concerto de solidariedade no dia 26 de Junho, no Hub Porto.


Junte-se à nossa festa a partir das 18H30.

6 notas musicais

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Caminhar por Lichinga - Moçambique 2010

Caminhada Solidária

Vamos apoiar o projecto “Lichinga 2010. Aprender para Ensinar” e os voluntários que vão para Moçambique, em Agosto, trabalhar com os professores do ESAM Lichinga.
Desfrute da natureza e da bela paisagem de Arouca na nossa companhia, temos excelentes guias: a Rita, a Carla, o Avelino e o Fernando



Percurso: Rota do Xisto (Arouca)

Dia: 4 de Julho de 2010

Distância: 8 Km

Nível: fácil

Duração: 6 horas

Levar: refeições (lanche e almoço); roupa confortável e possibilidade de tomar banho no Rio Paiva

Ponto de encontro: Igreja da Santa Rita (Ermesinde) - Partida às 8:30

ou no local do início da caminhada junto à Igreja (Canelas de Arouca) às 10:00

Contactos: fernando_rocha_2002@hotmail.com e 966258470

Contribuição Solidária: 5 pegadas

Participe nesta caminhada solidária!