sábado, 26 de junho de 2010

Crónicas de Moçambique: Finalmente Quelimane

Com o convite quase em cima dos acontecimentos para coordenar um seminário aos padres da província moçambicana scj, no Gurúè, sobre dinâmicas inter-relacionais e inter-accionais na comunidade, pus-me a preparar o encontro e voar para Moçambique.
Assim no dia da comemoração dos 35 anos da independência, já estava em Maputo a caminho da Zambézia.

Cheguei ao aeroporto, apareceu-me uma criança, pedindo-me uma moeda para ajudar Portugal no jogo Brasil – Portugal. Só lhe dei um euro, após prometer-me que não ia gastar de qualquer maneira.

Cheguei à nossa casa acolhedora de Salvador Allende, onde encontrei a Maria Arbona que tinha viajado na véspera para fazer voluntariado durante dois anos no Alto Molocuè.

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Recuperei forças e vi o jogo de Portugal – Brasil na televisão em Maputo, num canal de Angola.

No dia 26, de manhã, o P. Mário Gritti acompanhou-nos à comunidade que está na casa de Fomento, onde estive a falar sobre a comunidade como fonte e meta do sentido da vida para 18 estudantes de filosofia da Província scj de Moçambique. Muito bem! Muitos estudantes para os dias que correm. Estudantes que prometem!

Lá nos acolheu o P. Toller com a sua inigualável bondade e simplicidade.

Além de uma intervenção, de oferecer uma viola nova para os estudantes, confirmei a chegada de 25 caixas de livros (300 kilos) de filosofia.

Depois de duas horas regressamos à casa de Salvador Allende para buscar a mala e partir para o aeroporto.

O P. Mário Gritti teve expressões interessantes durante a viagem:

Olha olha, dizia ele, dois carros já se beijaram (já bateram). Olha olha. Outro carro a morder (encostado).

No aeroporto, depois de despachar a bagagem, lá esperamos das 12.00h às 14.00h para começar a viagem para Quelimane.

Disseram que ia fazer escala na Beira, mas depois andou sempre e chegou aqui a Quelimane. Só depois partiu para a Beira.

Já há uns anos que eu não vinha por e a Quelimane. Que saudades!

E assim, tínhamos o Provincial de Moçambique, P. Carlos Lobo, à nossa espera.

Sim. À nossa espera!

É que comigo, viajava a voluntária Maria Arbona. Também vinha o P. Emilio Jorge que trabalha no seminário dehoniano do Sococo.

Vinha ainda o P. Pistelli que esteve aqui em Moçambique dos anos 1950 a 1970. Foi ele que construiu a Igreja de Nauela (onde vivi dois anos) dedicada ao Coração de Jesus.

As emoções são muitas. Para hoje, chega amigos

Adérito Barbosa

Directamente de Quelimane, dia 26 de Junho de 2010

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