quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

D. Élio fala do Cóbuè


A partir de Lichinga, Cuamba 300km; Maúa 380km; Majune 150km (estrada alcatroada); Metangula 120km (estrada alcatroada); Mitande 190km; Mecanhelas 380km; Massangulo 90km; Nipepe 540Km.
De Lichinga a Cobué são mais ou menos 230 km. A estrada até Metangula está alcatroada e são uns 120 km: os outros 120 km têm estrada em muito boas condições, mas com subidas e descidas fortes.

A Igreja de Cobué está sem cobertura mas temos em andamento um projecto de cobrir quanto antes, quando chegar a ajuda pedida.

A velha casa dos padres está reconstruída em máxima parte: há salões, quartos bons e renovados: serve como centro de saúde onde trabalha uma médica que trata doentes e faz formação e convida outros leigos, em certos períodos, para fazer formação no campo da saúde.

A parte do antigo colégio está completamente destruída: só se aproveita a antiga sala de estudo cujo telhado, em barrotes de ferro e chapas ainda existem.

Cobué é sede de administração do Estado (com um bom administrador) e possui o mínimo de construções da antiga terra colonial.

Em Metangula, afastámo-nos do Lago Niassa e vamos encontrá-lo de novo em Cobué. O lago Niassa é o terceiro Lago de água doce (potável!) de África.

O lago Niassa tem 580km de comprimento e uma largura que varia entre 15 km até 90 km com 30.860 km quadrados de área aproximada, ocupa o 11º lugar entre os grandes lagos do mundo e o 3º entre os lagos africanos. Pertence ao mesmo sistema de lagos Vitória, Alberto e Tanganica que se formaram no extremo S da extensa linha de falhas geológicas conhecida como Grande Rift todos apresentando evidentes caracteres de juventude

As costas do lago Niassa são montanhosas, sobretudo no lado moçambicano, descendo por vezes em declives abruptos até ao nível do lago.

A maior profundidade foi medida em frente de Rwarwe, atingindo mais de 700 metros. O nível da água está acerca de 472 metros acima do nível do mar.

O Lago Niassa é alimentado por muitas torrentes e rios e escoa-se ao sul pelo rio Chire que aflui no Zambeze. O declive médio do Chire é de 1.2m/km. Atravessa a lagoa Pamalombe que fica a 16 km a S do extremo do lago Niassa (Fort Johnston ), não sendo navegável no seu curso inferior devido à existência de vários rápidos e quedas. (Quem quer saber mais é vir aqui na sede do Bispo: temos valiosos livros históricos para instituir uma tese de doutoramento!). Mesmo diante de Cóbuè existe a ilha de LICOMA que pertence ao Malawi. São 15 minutos de barco a motor. Toda ela iluminada durante as noites e cheia de turismo.

A Missão Católica de Cobué é dedicada aos Santos Anjos e foi fundada em 1950 pelos padres da Consolata. Construíram o Colégio S. Miguel, anexo à paróquia que a seu tempo tinha mais de 140 alunos entre internos e externos.

Os Católicos de Cobué são mais ou menos uns 7/8 mil.

A área da missão que vai de Metangula até à Tanzânia tem como limite extremo o rio Chiuindi (Messinge).

Em 1965, tinha 21 escolas rudimentares e 10 escolas de catequese. Os alunos, que depois da 3º classe rudimentar queriam aprender uma arte ou Ofício eram enviados para a respectiva escola da Missão Católica de Massangulo. De Chiuindi (extremo norte) até Cóbuè se for de barco com motor precisam pelo menos 8 horas de navegação: mais de 100 km! Boa viagem.

Outras novidades é melhor vir e encontrar pessoalmente: assim terão o sabor da descoberta!
Esperamos por vós
+Elio

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Testemunho sobre a ida a Nampula - Setembro de 2009

Somos dois voluntários que passámos o nosso mês de férias numa missão em Moçambique, mais concretamente Nampula, Centro Cultural de Napipine.


Fomos dar continuidade a um projecto iniciado no ano transacto que consistiu na catalogação e ordenação dos livros da biblioteca do Centro Cultural. Esta biblioteca serve de suporte aos alunos da Faculdade de Ciências de Educação de Nampula. A fluência de pessoas a este local era bastante significativa dando a entender a importância que esta ferramenta tem na sua formação e a contribuição da nossa acção.



Sendo a primeira experiência de voluntariado fora do nosso país, revelou-se muito enriquecedora para nós principalmente pela partilha que aconteceu de ambas as partes. Os testemunhos que deixamos da nossa cultura e a bagagem que trouxemos da cultura daquela região foram sem dúvida o maior ganho.
Desenvolvemos, também, actividades paralelas à acção na biblioteca que contribuíram para este enriquecimento interior e aprendizagem. Dentro destas, destacamos o apoio aos utentes na área da informática, a bricolage e a culinária no Centro Cultural e houve ainda lugar para a partilha de histórias com os mais pequenos que brincavam na “nossa” rua. Durante este mês ainda tivemos o prazer de visitar outros centros com actividades de voluntariado e conhecer o que aí se desenvolve, assim como trocar informações com outros voluntários.
      
O estarmos disponíveis para ajudar e acolher o outro, produz um sentimento muito profundo de doação e aceitação das diferenças, que nos ajudam a crescer como humanos e capacitam a nossa contribuição para um mundo melhor.
Vamos continuar.
Até breve!
Susana e Fernando

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mais um voluntário para Moçambique

Partiu esta tarde, dia 6 de Fevereiro, o Engenheiro Químico. António Ribeiro, como voluntário ALVD, para o Alto Molócuè, Moçambique.


Este voluntário, enviado pela ALVD Madeira, irá esrtar durante um ano, para já, em terras de África.

No aeroporto de Lisboa, dizia que ia tranquilo e livre para o que pudesse ser necessário no Centro Juvenil de Alto Molócuè.