quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Crónica de Moçambique: ALVD no Cóbuè

Depois de seis voluntários terem regressado de Cuamba a Lichinga, houve uma nova redistribuição para esta última semana de Agosto. Eduardo, Maria, Paulo e Avelino foram para Metangula, junto ao lago Niassa para darem formação, organizarem a biblioteca e fizerem prospecção das necessidades. As educadoras Rita, Carla e Lurdes, depois de terem regressado de Massangulo continuam a sua intervenção em Lichinga. Já a Natália e o Rogério tentarão aqui em Lichinga criar um site e um blog para a Diocese. Dado que nunca tinham ido ao lago, o Rogério e a Natália acompanharam o P. Adérito e a Ir. Olívia que tiveram de ir a Cóbuè verificar as condições para uma possível acção de leigos dehonianos nos próximos anos.

Então, partimos os quatro às 6 horas da manhã do dia 19 de Agosto, dia de S. João Eudes (promotor da devoção ao Coração de Jesus e Coração de Maria). A primeira parte da viagem foi até Metangula, (lago), onde chegamos perto das 8 horas da manhã. A estrada era boa, embora muito estreita.

A partir daqui foram mais de 3 horas em picadas, por uma reserva natural, onde não faltaram os macacos e as gazelas a cruzarem-se connosco na estrada. As cangas também abundam. A irmã Olívia teve que meter a reduzida e a tracção às quatro rodas no jeep para conseguirmos bamboar na estrada (como se estivéssemos numa pequena canoa no lago), mas chegarmos ao destino. Se antes disse que a estrada era boa, aqui tenho que dizer que a estrada era menos boa. Usando a linguagem moçambicana que aprendemos, é mesmo impossível aqui fintar a estrada.

Mesmo assim, antes de chegarmos a Cóbuè, carregamos o jeep com mamãs e filhos pequenos que tinham vindo para a machamba a mais de 20 kms trabalhar. Lá chegamos a Cóbuè (que significa origem dos nihanjas em Moçambique).

Antes de mais fomos visitar o antigo seminário da Consolata onde pode alojar os voluntários dehonianos. Aqui está instalado um pequeno hospital, dirigido por inglesas e americanas anglicanas.

A igreja era lindíssima e foi destruída pela guerra. Seria um orgulho nosso de ALVD se conseguíssemos recuperar esta igreja para a diocese.

O lago está ali a 10 metros com água morna, mais quente do que a água quente do Algarve em Agosto. Em frente vê-se a ilha de Cóbuè no lago, oferecida pelo régulo há bastante tempo, ao Malawi. Aqui tem praias e boas infraestruturas. Pode visitar-se de barco.

O pároco Leonardo de Cóbuè é o mesmo de Metangula e é natural do Burundi, residindo em Metangula.

Só em Cóbuè tem 60 aldeias que tem de visitar sempre de barco, já que não consegue por terra. Gasta 140 litros de gasolina no barco cada vez que tem de fazer a visita às aldeias.

Aqui não são macuas (a maior parte católicos), nem jauas (a maior parte muçulmanos), mas inhanjas (a maior parte anglicanos). No entanto, existem católicos que é necessário acompanhar.

Então, o P. Leonardo é de opinião (se fosse para usar a linguagem de Mitande deveria dizer-se pressente) que um grupo de voluntários, acompanhados por padres, poderiam fazer acções de formação em Cóbuè sobre a família cristã, as pequenas comunidades cristãs como apresenta o sínodo africano, o papel do jovem na comunidade e o papel do animador da comunidade, sem esquecer as funções das mamãs na comunidade. Poderiam também visitar as aldeias e celebrar se aí mesmo.

Pode visitar-se A ilha de Cóbuè (15 minutos de barco, 3 horas de canoa), mas não tem nada a ver com a missão, já que faz parte do Malawi.

Assim, depois de provarmos com os pés, a água do lago em Cóbuè, e tomarmos qualquer coisa debaixo de uma árvore para retemperarmos as forças, começamos o regresso. Mais duas horas e meia de picadas e abanões e saltos no carro até chegarmos a Metangula, onde encontramos os quatro ALVD que se acabavam de instalar em Metangula para a sua última intervenção no Niassa (palavra que significa muita água).

Conversamos com o pároco, com o grupo, tiramos umas fotografias ao sol que tentava mergulhar na água do lago e voltamos à estrada (sim, estamos autorizados a chamar estrada) para Lichinga e retomamos o nosso caminho ladeados por imponentes e seculares embondeiros que prestavam homenagem à nossa passagem.

Ainda vimos algumas queimadas (não fogos criminosos, mas de limpeza intencional para apanhar caça e crescer pequena vegetação para os animais) junto à estrada. Assim depois de 13 horas de viagem, chegamos a casa onde encontramos as irmãs (Prazeres e Ir. Maria José) e as nossas três simpáticas voluntárias (Rita, Carla e Lurdes).
Adérito Gomes Barbosa, coordenador do projecto ALVD

Lichinga, 19 de Agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Metarica

A cama havia de ter rodas!

Levantamo-nos muito cedo (04:45h) para acompanhar o Pe Park a Metarica onde celebrou uma Eucaristia numa igreja nova e bonita construída pelas Irmãs da Congregação Santa Maria Madalena. As irmãs não estavam porque tinham ido para Nampula fazer um retiro. Ainda tentamos visitar a biblioteca local a pedido de vários estudantes mas não foi possível por estar fechada.

Viemos almoçar a Cuamba e de tarde fomos descansar, não havia outra hipótese.

sábado, 14 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Biblioteca da Catequese

Conclusão dos trabalhos na biblioteca da Catequese com a etiquetagem e arrumação dos cerca de 700 livros religiosos na estante. (a senhora da limpeza faltou ao serviço).

Parte do grupo acompanhou os Leigos do Desenvolvimento na visita às escolinhas, uma em Etatara e outra em S. Domingos Muheia.

No fim da tarde fomos à missa também organizada pelos Leigos e celebrada pelo Pe Guido.

Vamos cedo para a cama que Domingo promete…

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Continuação dos trabalhos

Conclusão dos trabalhos na biblioteca do ESAM e continuação dos trabalhos na biblioteca da Catequese.

Depois do jantar, despedimo-nos do Pe Rogélio que no dia seguinte ia partir muito cedo para Nampula e com destino aos trabalhos da Consolata em Maputo.

Antes de descansar passamos pelo Águia D´Ouro para ver a festa do Halloween, que infelizmente não houve por falta de aderentes.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Um dia especial

Hoje é um dia especial, mas disto falamos mais tarde…

Dividimos o grupo e começamos o trabalho em duas futuras bibliotecas: um grupo foi para o ESAM, informatizar os livros que chegaram de Portugal, conjuntamente com funcionários do ESAM; o outro grupo informatizou os livros religiosos que formarão a futura biblioteca da catequese da Paróquia de S. Miguel. O trabalho vai continuar nos próximos dias.

Assistimos à Adoração organizada pelos Leigos do Desenvolvimento, cerimónia celebrada pelo Pe Rogélio de muita espiritualidade.

Finalmente fomos jantar fora para festejar o aniversário do caçula do grupo – o Rogério, que faz hoje 22 aninhos. Houve direito a bolo africano e tudo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Regressamos a Cuamba

Ainda em Mecanhelas...
De manhã houve formação para um grupo de 2 professore e 3 alunos do ESAM, o Eduardo e a Maria foram à comunidade de Entre-os-Lagos com o Tito, num jipe que só pegou de empurrão e não tinha travões, onde foram recebidos pela irmã brasileira Cerélia. Visitaram as instalações e regressaram a Mecanhelas.

Almoçamos e regressamos a Cuamba conduzidos pelo José. O Padre Rogélio ofereceu-se para nos levar à célebre e nossa conhecida Casa Azul onde ficaremos até ao fim da nossa estadia na cidade da poeira.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Estadia em Mecanhelas

Depois do pequeno-almoço na Paróquia de S. Miguel fomos conduzidos pelo motorista do ESAM (Fernando) até ao nosso destino – Mecanhelas.

Chegados, fomos recebidos pelo Tito, um leigo Amarantino que vive há dezanove anos em Moçambique e que é responsável pelas construções da missão local.

O Tito levou-nos ao Centro de Saúde, onde a Natália fez o teste da malária (felizmente deu negativo) e foi medicada para a gripe. Entretanto aproveitamos para visitar as instalações do Centro de Saúde.

Almoçamos e enquanto a Natália ficou a descansar, fizemos o reconhecimento da cidade sempre guiados pelo irmão e conhecemos a Biblioteca local do ESAM e ficamos surpreendidos com a quase inexistência de manuais escolares. Nesta situação, concluímos que período pré-estabelecido para a nossa estadia em Mecanhelas era excessivo.

Quando chegamos aos quartos ficamos atónitos com as condições de higiene que encontramos, desde excrementos de rato no chão e no meio dos lençóis, baratas bem alimentadas e as nossas tão bem conhecidas e queridas osgas e aranhas (já são da família).

O grupo ficou um pouco triste e apesar de saber que estamos em África, temos consciência que a limpeza é essencial e não tem nada a ver com as limitações locais.

Em face do pouco trabalho que nos esperava e das condições existentes falamos com o Bispo D. Élio, assim como com o Padre Adérito e o Francis e foi decidido que no dia seguinte, após o almoço, regressaríamos a Cuamba.

Jantamos e dormimos que nem justos, apesar de bem acompanhados pelos nossos animais de estimação mas mais sossegados, porque deram-nos nova roupa para as camas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: ALVD EM LICHINGA…

A DIOCESE DE LICHINGA (ANTIGA VILA CABRAL) TEM CERCA DE 130.000 KM2 E DOIS MILHÕES DE HABITANTES. ALÉM DE FRONTEIRAS COMO MALAWI E TANZÂNIA TEM O LARGO NIASSA COM 365 KMS DE COMPRIMENTO E 12 KMS DE LARGURA.
O BISPO D. ELIO GRESELIN ESTÁ A VISITAR AS COMUNIDADES CRISTÃS NO SUL DA DIOCESE E SÓ REGRESSA À SUA SEDE NO FIM DO MÊS DE AGOSTO.

ALGUNSVOLUNTÁRIOS ALVD ESTIVERAM UMA SEMANA EM LICHINGA (CIDADE) E FORAM UMA SEMANA PARA O MATO MESSANGULO. OS OUTROS VOLUNTÁRIOS CONTINUAM EM CUAMBA A AGUENTAR O PÓ E O CALOR E A PREPARAR OS LIVROS QUE VIERAM DE PORTUGAL PARA A BIBLIOTECA.

CÁ EU CONTINUO AQUI EM LICHINGA: ENCONTROS COM OS VOCACIONADOS, COM AS RELIGIOSAS, COM OS ANIMADORES, COM OS JOVENS.

NA PRÓXIMA SEMANA PARTIREI PARA CUAMBA AFIM DE ENCONTRAR OS VOLUNTÁRIOS E CONTACTAR A REALIDADE LOCAL PARTOCULARMENTE A UNIVERSIDADE.

AQUI MUITO AO NORTE DE MOÇAMBIQUE FOI BOM SABER QUE OS ALVD EM ANGOLA ESTÃO COM TODA A FORÇA, ASSIM COMO OS DE ALTO MOLOCUÈ EM MOÇAMBIQUE.
UM ABRAÇO AFRICANO
ADÉRITO BARBOSA, SCJ

Crónicas de Moçambique: Os livros em Cuamba

O grupo foi todo para o ESAM abrir as caixas dos livros, fizemos a selecção durante a manhã.
De tarde fomos surpreendidos com a tecnologia avançada da equipa local, os funcionários do ESAM puxaram pelos seus computadores (folhas de papel A4), copiaram o cabeçalho do programa e começaram a registar manualmente os livros.

Depois da formação que demos durante a semana para introduzir os registos informaticamente não entendemos que não aproveitassem os recursos disponíveis, há coisas que nos escapam...
Os grupos gravaram as duas bibliotecas que tinham feito na semana anterior dando por terminado o seu trabalho em Cuamba.

Depois do jantar estivemos com as Voluntários dos Leigos para o Desenvolvimento e oferecemos um portátil para a Biblioteca Menegon para que, pelo menos aqui, o trabalho iniciado não fosse perdido e pudessem continuar a registar o resto dos livros.

Amanhã seguiremos para Mecanhelas.

domingo, 8 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Caminhada em Mitucué

Finalmente tivemos notícias dos livros, começaram a viagem de camião em Maputo na Terça-Feira passada e de Nampula para Cuamba vieram de comboio. O José vai buscá-los à estação e leva-los para o ESAM.

Partimos cedo para Mitucué com o Pe Park, (Sul-Coreano) onde celebrou uma eucaristia em macua e fez doze baptizados. O local é muito bonito, era a missão mãe de Cuamba, sobre o ponto de vista religioso era a mais importante na altura porque Cuamba era uma comunidade pequena. Neste momento está abandonada porque depois da revolução foi nacionalizada, tendo sido entregue recentemente à Consolata.

A igreja é uma pequena preciosidade a necessitar urgentemente de obras.

Quanto a cerimónia, as cores, a alegria e a simpatia das pessoas deixaram-nos sem palavras.

Fomos de jipe até à Central Eléctrica onde fizemos um piquenique, seguido de uma caminhada montanha acima durante uma hora até à Barragem de Mitucué. A paisagem é deslumbrante mas foi duro de subir e descer também não foi fácil.

Regressamos a Cuamba e depois do jantar estávamos liquidados.

Amanhã espera-nos um dia de trabalho árduo.

sábado, 7 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Passagem do Bispo D. Élio em Cuamba

Os livros ainda não apareceram. A manhã começou com várias e gloriosas partidas de futebol com os miúdos locais.

O Bispo D. Élio passou por Cuamba e almoçou connosco.

De tarde fomos a Quinta Timbwa com a Marlene, um empreendimento muito engraçado com um lago e onde se podem fazer vários eventos.

A Maria foi a consulta da irmã Aila, especialista em Medicina Natural e foi surreal…

Convidamos as voluntárias Leigas para o Desenvolvimento para jantar no Águia D´Ouro e parecia que estávamos em Aveiro a ver o jogo Benfica-Porto e acabou em beleza para o Porto.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Uma noite diferente

Os livros continuam sem chegar e o nosso trabalho resume-se a acompanhar os bibliotecários a continuar a informatizar nas bibliotecas existentes.

De  tarde o grupo da Menegon utilizou o data-show para dar formação de pesquisa.

As voluntárias dos Leigos para Desenvolvimento (Diana, Inês e Marlene) convidaram-nos para jantar. A casa é muito gira e fomos muito bem recebidos. Seguimos para o Águia D´ouro e assistimos à noite da Miss Cuamba, o dia terminou em beleza.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Centro Nutricional de Cuamba

Continuamos o trabalho do dia anterior nas respectivas bibliotecas. De tarde, por volta das 16:30h, os dois grupos encontraram-se com o Pe Rogélio no Centro Nutricional de Cuamba, uma obra de apoio a crianças subnutridas e iniciada por uma irmã brasileira que é especialista em Medicina Natural e que agora é continuada pela irmã Aila e outras locais.

Mostraram-nos as instalações e explicaram-nos o seu funcionamento: algumas crianças vão directamente ao centro onde lhes é feito um exame prévio e poderão ficar lá internadas ou serem encaminhadas para o hospital; outras são enviadas pelo hospital depois de serem avaliadas. Neste centro ficam internadas (acompanhadas pelas mamãs) durante o tempo necessário para a criança atingir o peso suficiente para regressarem a suas casas. Neste momento estão internadas quinze crianças e onze mamãs.
As carências são de vária ordem a começar pela falta de: colchões, cobertores e alimentação, mas mesmo assim o centro tem feito autênticos milagres, se não existisse muitas crianças teriam morrido.
O grupo ficou devastado, não há palavras que descrevam esta realidade e ficamos com muita vontade de ajudar e divulgar esta obra.
As 18:00h, fomos a Faculdade de Agricultura assistir a uma Eucaristia celebrada  pelo Pe Lionel que se despedia como professor e Capelão ao fim de dois anos com destino a outra missão em Nampula.
A eucaristia foi uma festa de homenagem com cânticos de alegria, discursos de agradecimento, prendas e um lanche final no jardim.
Ficamos deslumbrados pela alegria deste povo que sabe dar valor à vida e à amizade apesar das provações por que passam.
A noite reunimos num café muito agradável e falamos sobre o que poderíamos fazer pela obra do Centro Nutricional e das emoções de um dia tão intenso. Telefonamos para o outro grupo para partilhar a experiência.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique:Trabalhos em duas frentes

O grupo dividiu-se e ficaram dois na biblioteca de S. Miguel e quatro foram para a biblioteca de Menegon iniciar a informatização das bibliotecas existentes.

O dia correu bem, conseguimos atenuar o problema da água, já que nos foi colocado água fresca nos bidões e nos baldes para nos lavarmos e arrefecer os ânimos.

O astral subiu, fizemos um lanche nocturno retemperador, vimos as fotos no data show,  e tentamos ver um filme, mas fomos vencidos pelo cansaço.

Amanhã espera-nos nova jornada e rezamos para que os livros finalmente cheguem para entrarmos em velocidade cruzeiro.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: Início dos trabalhos

Todo o grupo foi para Biblioteca S. Miguel da Paróquia para iniciar a formação a quatro bibliotecários. Foi um gozo, seis formadores para quatro alunos, não correu bem porque não estávamos preparados para fazer as adaptações necessárias no momento.

Depois engrenamos e estamos convencidos que, apesar das contrariedades, conseguimos os objectivos iniciais.

A tensão aumentou e a água nos campos diminuiu, imaginem a falta que a água faz…

Jantamos nesse dia e somos sinceros, não fomos capazes de actualizar a nossa página…

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: De Lichinga a Cuamba

De manhã bem cedo começamos com uma visita à famosa horta de D. Élio – Bispo de Lichinga. Não se admirem porque o Bispo é um admirador e conhecedor das características e qualidades das plantas.

Depois de fazermos uma visita à cidade conduzidos pelo Francis, Director do ESAM-Ensino Secundário Aberto de Moçambique, seguimos para a Escola da Cerâmica onde estão instalados três voluntários (Rita, Carla e Lurdes) onde irão trabalhar com os educadores das escolinhas da região.

Novamente fizemo-nos à estrada rumo a Massangulo, onde visitamos a irmã Divina que nos recebeu carinhosamente, acompanhada de duas crianças órfãos ( o Rafa e a Luquia ) brindando-nos com um lanche. Mostrou-nos o Santuário Diocesano da Nossa Senhora da Consolada e parte da obra feita pela sua instituição nessa cidade.

A nossa próxima paragem foi na ponte que atravessa o rio Lugenda para esticar as pernas e ver os níveis que o rio atinge na época das chuvas, um local agradável. De novo seguimos pela estrada poeirenta, sempre ladeada de aldeias, pessoas e animais, e chegámos finalmente ao nosso destino - Cuamba.

Já em Cuamba, visitamos as instalações do ESAM, onde iremos ficar provisoriamente esta noite, jantámos e antes de repousar tivemos uma pequena e breve reunião com o Padre Rogério, pároco de Cuamba, a fim de organizar e planear os nossos trabalhos para o dia seguinte. Por hoje é tudo amanhã há mais...

domingo, 1 de agosto de 2010

Crónicas de Moçambique: A Caminho de Lichinga

Partida
Na tarde de 30 de Julho um grupo de 8 pessoas (Eduardo, Maria, Natália, Paulo, Lurdes, Rita, Carla e Avelino) cheias de confiança e determinação partiram do Porte rumo a Lisboa dando início à longa caminhada rumo a Lichinga. Na mesma tarde partia do Funchal um jovem voluntário (Rogério) que se juntaria ao restante grupo na madrugada no dia seguinte.

Em Lisboa fomos acolhidos pelo Seminário de Nossa Senhora de Fátima que nos transportou do e para o Aeroporto, permitindo-nos assim descansar um pouco para a viagem longa que nos esperava.

No dia 31 de Julho, pelas 5 horas da madrugada, com a bagagem cheia de ansiedade e coragem, o grupo foi confrontado com a primeira grande contrariedade, isto é, a nossa amiga TAP, disse que ainda não estávamos preparados para a acção e então adiou o voo das 6h30m para as 15h30 m.

O grupo reagiu positivamente retemperando forças no chão do Aeroporto e enfrentou a viagem com bravura.

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Chegada a Maputo
As 12 de horas de atraso em Lisboa transformaram a nossa viagem num verdadeiro tormento. O cansaço provocado pela chegada por volta das 3 h da madrugada foi amenizado pelo acolhimento e o “mata bicho” oferecido pela comunidade Dehoniana de Maputo.

Após este pequena pausa regressamos ao Aeroporto de Maputo para embarcarmos finalmente para o nosso destino – Lichinga, com um intervalo para esticar as pernas em Nampula.

Finalmente Lichinga!
Será que é verdade? Afinal é mesmo, após dois dias de aventuras sentimos o ar fresco e convidativo para começar a trabalhar...
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… à nossa espera estava a Irmã Olívia e o Francis que nos transportaram para um retemperador almoço e um merecido descanso zzzz …

O Grupo jantou com o Bispo de Lichinga, D.Élio, Irmã Olívia e Francis na residência episcopal.

O grupo de informática