
O nosso trabalho tem sido valorizado e tem dado alguns frutos. As aulas de informática estão a começar, mesmo sem os computadores. Hoje concluímos os testes de admissão no curso (porque as inscrições foram muitas e não há lugar para todos). O David e o Marco tiveram a árdua tarefa de limpar e arranjar a sala onde será o curso, que até então era ocupada por amigos roedores, que vagueavam pela sala.
As aulas de Karaté da Rita Glória têm sido um sucesso. Começámos uma turma de adultos que já praticavam Karaté nas comunidades de Luau, e que por isso solicitaram algum apoio da nossa parte. Nós, dentro do tempo que temos, dispensamos umas horinhas por semana para treinar com eles.
Sentimo-nos verdadeiramente ambientados com o povo do Luau, passamos na rua e acenam-nos dizendo: “Olá Irmãs, Olá Irmão” (sim, porque aqui todos julgam que estamos a estudar para freiras e para padres).
Já na visita ao Congo, dia 09 de Agosto, a perspetiva foi um bocadinho diferente. É realmente um país muito pobre. O mercado é mil vezes pior do que os que temos visto por aqui: o que chamam em Portugal de Talho não existe, a carne está exposta ao sol, à poeira e às moscas, e a cabeça do animal encontra-se intacta ao lado, para se ter a certeza que estamos mesmo a comprar porco ou cabrito; O sentimento de segurança também é diferente, as pessoas armada na rua multiplicam-se, e ouvimos dirigirem-se a nós em idiomas que não entendemos. Íamos com a intenção de comprar as tão-famosas capulanas do Congo, mas
acabámos a comprá-las no mercado do Luau, que já nos começa a ser muito familiar. Regateámos o preço e acabámos por trazer capulanas muito giras e coloridas.
As mamãs cá de casa (cozinheiras) são muito simpáticas e divertidas, e pedem constantemente a nossa ajuda na cozinha. Cá não existe o conceito de cozinha variada, e nos primeiros dias vim-nos a comer arroz com cabrito ao almoço e ao jantar. Por isso, tentamos ensinar novas receitas e métodos de cozinhar: agora o que preferem fazer é frango na brasa!
Por falar em comida, ontem, dia 10 de Agosto, fomos jantar a casa das irmãs (Rosa, Amélia e Assuntina). A comida estava divinal e até fizeram melhor pizza que os italianos (palavras do Pe. Daniele). Divertimo-nos imenso: cantámos (o hino da missão), rimos e até deu tempo para uma sessão de fotografias para mais tarde recordar.
Já não há muito mais a dizer. Apenas que estamos todos bem de saúde e que temos muitas saudades de vocês. Beijinhos a todos e até breve,
Rita Sousa, Andreia, Rita Glória e David