Depois de algumas horas em Maputo, madrugou-se para chegarmos a Lichinga pelas 10.30h da manhã do dia 4 de agosto. O aeroporto de Lichinga, rodeado de pinheiros, mais parecia um aeroporto do norte de Portugal.
Nesse domingo, esperavam-nos 8 voluntários italianos acompanhados pelo P. Daniele Gaiola.
A seguir ao almoço, encontrámo-nos todos para reprogramarmos, já que quer italianos, quer portugueses traziam o seu plano feito e havia que sincronizar as propostas.
Nesta reunião, encontrava-se a Ir Maria José Ferreira da Silva coordenadora de todo o projeto, representante do bispo que foi o ponto de referência durante todo o mês, apoiada quer em transporte quer em secretaria pelo dehoniano Ir. José Meone que está com o bispo no paço episcopal.
Na primeira semana de 5 a 9 de agosto, as voluntárias Celina Pires e Micaela Dias orientaram um curso de formação didática para os monitores da Escola Eugénio Menegon (pré-escolar).
Em cada dia, dois italianos diferentes participavam nesta formação. Os outros italianos ficavam nas salas a animar as crianças durante toda a manhã. Durante a tarde pintaram o muro da escola ao longo do mês.
Os fins de semana eram preenchidos a visitar ou a dar formação às comunidades cristãs, nomeadamente, a comunidade de Santa Bahkita, a comunidade de Njinje, a comunidade do mosteiro, a comunidade da catedral, para onde levamos o Credo em jogral e partilhamos a nossa reflexão sobre a fé.
Durante a segunda semana, foram feitas duas conferências na universidade; a dos alunos intitulava-se motivação humana e a dos professores intitulava-se vários métodos de ensino. Houve muita atenção e participação para estas conferências, proferidas pela Celina Pires, com o apoio de Micaela Dias.
No fim de semana, o grupo dos voluntários italianos, portugueses e o grupo de jovens de Santa Bahkita, com os jovens da pastoral universitária, foram em peregrinação a Massangulo, a mais de 100kms de Lichinga, num autocarro de 30 lugares que foi mudado para um de 60 lugares, devido à
confusão e à incapacidade dos peregrinos não caberem todos no autocarro que continuou a ser um autocarro de cidade a circular no mato. Percorreram os últimos 20kms a pé.
Na semana a seguir, as voluntárias portuguesas foram dar formação a Marrupa numa escolinha de umas irmãs da Consolata a 400kms de Lichinga. O restante grupo seguiu para Maúa para uma formação sobre a cultura makwa, orientada em italiano pelo Padre Frizzi, uma autoridade em cultura makwa, juntamente com o P. Elia Ciscato e com o bispo D. Lerma, atual bispo do Guruè, qualquer um deles com publicações científicas sobre a cultura makwa.
No fim de semana a seguir, foi organizada pelos voluntários e pelos jovens uma feira para angariar fundos para a nova capela de Santa Bahkita. O ambiente foi muito animado durante todo o dia e houve quem escorregasse no pó da estrada. Não faltaram autógrafos sobre o livro do Credo ao senhor Faz Tudo e à senhora Berro.
No dia seguinte, ou seja a 26 de agosto, as voluntárias portuguesas partiram com a Ir Juliana para darem formação aos professores do ensino primário, assim chamado ainda hoje, para Majune a 120kms de Lichinga, onde se encontra uma comunidade de padres coreanos.
Nos últimos dias começaram a partir os italianos. Um casal de italianos já tinha voado para a Itália, o P. Daniele saiu a 25 de agosto, os voluntários italianos a 27 de agosto e nós os portugueses a 29 de agosto para Maputo.
No entanto, o grupo dos italianos partiu de Maputo para Milão à hora que o avião dos portugueses estava a chegar a Maputo, provindo de Lichinga, ou seja, três horas de voo, com uma escala de 20 minutos em Nampula.
Estivemos a participar na festa da UCM, cujo padroeiro Santo Agostinho se celebra a 28 de agosto e contou a presença do bispo da Diocese, D. Élio Greselin.
Tudo seria mais perfeito se na véspera da partida para Lisboa em Maputo, o P. Adérito Barbosa não fosse multado em 1000 meticais por colocar o braço sobre o vidro aberto da porta do carro, onde seguia!!!
Mesmo assim, encontramos o P. Elia Ciscato em Maputo que nos deu ainda algumas explicações da cidade.
Tentou-se fazer que o grupo de italianos e portugueses fossem apenas um grupo. Muitas coisas se fizeram em comum. Muita partilha.
Não esquecemos que a 1000 kms no Alto Molocuè, na Zambézia, encontrava-se o grupo ALVD Madeira, por quem torcemos em solidariedade.
P. Adérito Gomes Barbosa, scj
Porto, 2 de setembro de 2013
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