Entrevista à ecclesia rádio, a 20-07-2011
http://agencia.ecclesia.pt/radio/noticia_emissao_online.php?mediaid=2228
segunda-feira, 25 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
O crescer não acaba
Os primeiros de sol começavam a aquecer Maputo quando pela primeira vez pisámos terra Africana. Um misto de cansaço e ansiedade abalava-nos. Depois pela passagem pelos controladores de passageiros e mercadoria recebemos o primeiro abraço do Padre Ruffini e com a sua hospitalidade conhecemos Maputo.
Recuperamos forças para prosseguir viagem para Nampula, onde chegámos pelas 20h30. Noite escura como breu… pouco tempo depois encontrávamo-nos com os Padres Ricardo e Ciscato, com quem tivemos o prazer de ter uma agradável conversa e uma explicação breve sobre cultura e uma visita ao seu museu de objectos arqueológicos e insectos.
Com a chegada a Maputo tivemos conhecimento de uma nova realidade que se debateu com as nossas emoções. O nosso espanto aumentava cada vez que atravessávamos as ruas da capital de Moçambique. A mistura de sentimentos invadiu-nos entre o choque e o fascínio. O choque avassalou-nos de tal forma por causa da pobreza extrema que testemunhávamos. A nossa viagem parecia ter sido no tempo e não no espaço. Nas nossas mentes só passava a questão de como é possível esta realidade se manter em pleno século XXI. Mas, felizmente, o choque foi-se dissipando, sendo este substituído pelo fascínio que tinha origem no cumprimento, no sorriso e na alegria das crianças. O entusiasmo delas em ver “mucunha” (pessoa branca em moçambicano) fazia-nos sentir como seres divinos que estavam a ser idolatrados… e a nossa missão ainda não tinha começado. Em Nampula fomos recebidos com as boas vindas cantadas por umas jovens, residentes locais, que nos fizeram corar de tanta emoção. A sua boa disposição criou em nós uma certa vergonha pelo facto de o nosso mundo ocidental não possuir tanta alegria e no entanto possuir tantos bens materiais. A ironia das realidades faz-nos pensar que na mala trazíamos sonhos por realizar e solidariedade para oferecer mas após algum tempo fomos nós é que recebemos. A viagem até ao nosso destino final (Alto Molócuè) deu-nos a possibilidade de apreciar as lindas paisagens do interior de Moçambique e admirar as magníficas coisas que a Mãe Natureza nos proporciona mas que muitas vezes estamos demasiado alienados para percebermos. Chegámos de noite, com o cansaço a se apoderar de nós e por isso só no dia seguinte é que nos foi possível admirar o fantástico nascer do Sol em território africano.
O grito ao longe das crianças ao chamarmo-nos “mucunha” impulsionou-nos a dizer um tímido “olá”. O entusiasmo das crianças em quererem nos cumprimentar fez com que rapidamente fosse possível estabelecer contacto com a comunidade local. Inicialmente a sensação de incapacidade de fazer mais e melhor veio ao de cima mas com a simpatia dos mais pequenos foi uma ajuda enorme para nos fazer cumprir a nossa missão. Com o passar do tempo apercebemo-nos que há muito trabalho a fazer…tanto com eles…como com nós próprios. Esperemos, até agora ter contribuído para uma melhor comunidade…pois já temos muitas certezas de que nós já nos tornamos melhores pessoas, com a ajuda da população local.
Alto Molócuè, 14 de Julho de 2011
Recuperamos forças para prosseguir viagem para Nampula, onde chegámos pelas 20h30. Noite escura como breu… pouco tempo depois encontrávamo-nos com os Padres Ricardo e Ciscato, com quem tivemos o prazer de ter uma agradável conversa e uma explicação breve sobre cultura e uma visita ao seu museu de objectos arqueológicos e insectos.
Com a chegada a Maputo tivemos conhecimento de uma nova realidade que se debateu com as nossas emoções. O nosso espanto aumentava cada vez que atravessávamos as ruas da capital de Moçambique. A mistura de sentimentos invadiu-nos entre o choque e o fascínio. O choque avassalou-nos de tal forma por causa da pobreza extrema que testemunhávamos. A nossa viagem parecia ter sido no tempo e não no espaço. Nas nossas mentes só passava a questão de como é possível esta realidade se manter em pleno século XXI. Mas, felizmente, o choque foi-se dissipando, sendo este substituído pelo fascínio que tinha origem no cumprimento, no sorriso e na alegria das crianças. O entusiasmo delas em ver “mucunha” (pessoa branca em moçambicano) fazia-nos sentir como seres divinos que estavam a ser idolatrados… e a nossa missão ainda não tinha começado. Em Nampula fomos recebidos com as boas vindas cantadas por umas jovens, residentes locais, que nos fizeram corar de tanta emoção. A sua boa disposição criou em nós uma certa vergonha pelo facto de o nosso mundo ocidental não possuir tanta alegria e no entanto possuir tantos bens materiais. A ironia das realidades faz-nos pensar que na mala trazíamos sonhos por realizar e solidariedade para oferecer mas após algum tempo fomos nós é que recebemos. A viagem até ao nosso destino final (Alto Molócuè) deu-nos a possibilidade de apreciar as lindas paisagens do interior de Moçambique e admirar as magníficas coisas que a Mãe Natureza nos proporciona mas que muitas vezes estamos demasiado alienados para percebermos. Chegámos de noite, com o cansaço a se apoderar de nós e por isso só no dia seguinte é que nos foi possível admirar o fantástico nascer do Sol em território africano.
O grito ao longe das crianças ao chamarmo-nos “mucunha” impulsionou-nos a dizer um tímido “olá”. O entusiasmo das crianças em quererem nos cumprimentar fez com que rapidamente fosse possível estabelecer contacto com a comunidade local. Inicialmente a sensação de incapacidade de fazer mais e melhor veio ao de cima mas com a simpatia dos mais pequenos foi uma ajuda enorme para nos fazer cumprir a nossa missão. Com o passar do tempo apercebemo-nos que há muito trabalho a fazer…tanto com eles…como com nós próprios. Esperemos, até agora ter contribuído para uma melhor comunidade…pois já temos muitas certezas de que nós já nos tornamos melhores pessoas, com a ajuda da população local.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Margarida Seixas em Lichinga
Uma das coisas, se é que é possível seleccionar... que me marcou muito foi a Eucaristia. Deus deve ficar maravilhado com a forma como eles as vivem, com a forma como mostram a gratidão.
TUDO isto é muito intenso e rápido. Temos de captar tudo senão perdemos muito.
O pôr do sol, completamente indiscritível mas incrivelmente rápido. Tive o prazer de o contemplar melhor no mosteiro, naquele Orfanato de Lichinga, mesmo junto àquela bela capela das Irmãs...
Disse ao grupo que deixem de lado as expectativas. É necessário vir de coração aberto para ter espaço para tanta maravilha natual e humana. Ao contemplar a forma como vivem eu penso: afinal é preciso tão pouco para ser feliz...ou melhor é mais fácil ser feliz com memos coisas.
Aqui o convite à interioridade é maior. Mais facilmente chegamos aos nossos cantinhos interiores, tantas vezes aí esquecidos, com o reboliço do dia a dia. Mas por irmos mais fundo em nós, também temos de ter mais coragem, menos julgamento, menos medo, apenas e simplesmente aceitarmo-nos tal somos e com muito amor transformar o que é possível.
Por hoje nada mais. O testamento já vai longo!
Da voluntária ALVD Margarida Seixas
TUDO isto é muito intenso e rápido. Temos de captar tudo senão perdemos muito.
O pôr do sol, completamente indiscritível mas incrivelmente rápido. Tive o prazer de o contemplar melhor no mosteiro, naquele Orfanato de Lichinga, mesmo junto àquela bela capela das Irmãs...
Disse ao grupo que deixem de lado as expectativas. É necessário vir de coração aberto para ter espaço para tanta maravilha natual e humana. Ao contemplar a forma como vivem eu penso: afinal é preciso tão pouco para ser feliz...ou melhor é mais fácil ser feliz com memos coisas.
Aqui o convite à interioridade é maior. Mais facilmente chegamos aos nossos cantinhos interiores, tantas vezes aí esquecidos, com o reboliço do dia a dia. Mas por irmos mais fundo em nós, também temos de ter mais coragem, menos julgamento, menos medo, apenas e simplesmente aceitarmo-nos tal somos e com muito amor transformar o que é possível.
Por hoje nada mais. O testamento já vai longo!
Da voluntária ALVD Margarida Seixas
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Primeiras Impressões de Margarida Seixas em Lichinga
Tudo isto tem a ver com as expectativas...
Lichinga, TERRA VERMELHA de pó fino que penetra até às entranhas! Pessoas afectuosas: "como está ti?" "como está mamã?"
Tudo muito limpo e cuidado.
As crianças mexem na pele, devem achar macia mas, a grande festa é mesmo o cabelo, acho que, de tanto puxarem vou ficar careca...
Hoje uma disse-me que eu tinh o nariz "ASSIM" (apertou o nariz dela) fiquei pasmada com a observação. Os meus óculos são outra das delícias delas.
Eu quero absorver tanto (poque é a 1ª. vez) que me preocupo mais em viver e sentir do que a tirar fotos. São imagens que vou gravar na minha memória, imagens que jamais esquecerei....
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Rita de Arouca em Lichinga
A Rita repete pelo segundo ano consecutivo a sua experiência em Lichinga, aqui fica o seu testemunho.
Por cá esta a correr tudo bem!
O meu reencontro não poderia ter corrido melhor. Estou a adorar estar cá novamente, nem parece que passou um ano!
As pessoas reconhecem-me, as crianças, está tudo igual com excepção de algumas casinhotas que apareceram. Lichinga continua com a mesma cor, com o mesmo cheiro e as Irmãs continuam a acarinharem-me e sinto-me em casa. Claro que sinto muito a falta do meu grupo, sinto uma espécie de vazio, só essa parte é que me custa mais a passar. É como remar um barco sozinha. A Margarida é uma boa colega. A mim, nada me tem desanimado, acordo com um sorriso na cara e adormeço com ele, estou a aproveitar cada minuto que passo em Moçambique e na escola faço o meu melhor como Educadora juntamente com a Irmã Albertina. Estou Feliz!! Beijinhos, rita
Por cá esta a correr tudo bem!
O meu reencontro não poderia ter corrido melhor. Estou a adorar estar cá novamente, nem parece que passou um ano!
As pessoas reconhecem-me, as crianças, está tudo igual com excepção de algumas casinhotas que apareceram. Lichinga continua com a mesma cor, com o mesmo cheiro e as Irmãs continuam a acarinharem-me e sinto-me em casa. Claro que sinto muito a falta do meu grupo, sinto uma espécie de vazio, só essa parte é que me custa mais a passar. É como remar um barco sozinha. A Margarida é uma boa colega. A mim, nada me tem desanimado, acordo com um sorriso na cara e adormeço com ele, estou a aproveitar cada minuto que passo em Moçambique e na escola faço o meu melhor como Educadora juntamente com a Irmã Albertina. Estou Feliz!! Beijinhos, rita
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Missa do 30 dia da voluntária ALVD Maria Arbona
Celebrar-se-á na Paróquia da Boavista (Foco), no Porto, no dia 15 de Julho pelas 19h, a missa do 30 dia do falecimento da voluntária ALVD Dehoniana Maria Águas Vivas Arbona Palmeiro.
A igreja está aberta para todos familiares, amigos, voluntários e outras pessoas que queiram associar-se a esta corajosa mulher que aos 64 anos Deus a chamou para si, deixando-nos o seu sorriso, uma mensagem de serviço, dedicação e alegria.
A igreja está aberta para todos familiares, amigos, voluntários e outras pessoas que queiram associar-se a esta corajosa mulher que aos 64 anos Deus a chamou para si, deixando-nos o seu sorriso, uma mensagem de serviço, dedicação e alegria.
Voluntários ALVD Madeira em Moçambique
Partiram a 30 de Junho de 2011 para o alto Molócué Moçambique os jovens Beto e Marisa, onde durante um mês vão trabalhar como voluntários, sacrificando as suas férias no Ocidente Comodista.
Adérito
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